Ana Catarina  Figueiredo
Colabora no Meer desde fevereiro de 2024
Ana Catarina Figueiredo

Ana Catarina Figueiredo é uma jovem natural da Beira Alta, região muito famosa pelo queijo de ovelha e pela paisagem montanhosa da Serra da Estrela. Foi criada no mundo rural e aprendeu desde cedo a lidar com a agricultura. Recorda-se dos tempos idos, onde nas férias da escola, ajudava os pais nas diversas tarefas da quinta, como a apanha da batata nos meses de verão, ou plantação das couves em meados de setembro, bem como cuidar e alimentar o rebanho de cabras que possuíam.

Desde sempre foi mais próxima da mãe e com ela aprendeu, não só as lides domésticas, com a arte de fazer queijo e requeijão de cabra, muito apreciado na zona de onde provém. O pai transmitiu-lhe o gosto pelas touradas e de comer bem. Com os irmãos, aprendeu a gostar de vinhos e a ter sempre uma resposta na ponta da língua.

Aos 18 anos saiu do ninho pela primeira vez e foi para Viseu estudar Comunicação Social, pois o seu coração dizia-lhe que contar histórias seria o seu destino, apesar dos receios que lhe martelavam a cabeça. Em Viseu, houve tempo para tudo: para aprender, para ser impulsiva, para parar um instante e pensar no passo seguinte, mas sobretudo, para fazer amigos que leva para vida.

Três anos de Licenciatura deram para realizar muitos projetos e trabalhos jornalísticos que, de alguma forma, a prepararam para o mundo do jornalismo. De todas as atividades e projetos, aquela que teve maior destaque para si foi o Estágio Curricular no fim do curso, pois foi o momento se sentiu verdadeiramente uma jornalista, pois teve lidar os entrevistados, os demais jornalistas do jornal onde estagiou, com os prazos das entregas dos trabalhos e entre outros. Realizou o estágio no jornal regional Notícias de Gouveia, onde teve oportunidade para realizar diversos trabalhos jornalísticos e ainda produzir alguns conteúdos para as redes sociais do jornal.

Dentre os trabalhos jornalísticos realizados, gostou particularmente de rubrica que teve a seu encargo, “Se eu fosse Presidente…”, que consistia em entrevistar pessoas que encontrasse na rua e perguntar-lhes o que é que mudariam na cidade e no concelho.

Com vontade de aprender mais sobre Jornalismo, em setembro de 2021, ingressou no mestrado de Jornalismo, pela Universidade da Beira Interior. Aqui aprendeu, não só sobre os problemas que o jornalismo atravessa, mas também houve tempo para realizar mais trabalhos que, no final, compensariam quaisquer problemas e carências do setor.

Muitos dos trabalhos jornalísticos produzidos no âmbito do curso foram publicados nos órgãos de comunicação do mesmo, dos quais destaca três: uma entrevista a Catarina Corujo, influencer e modelo plus size, na qual se abordaram temas como a gordofobia e a obesidade no sexo feminino, publicada na revista da universidade “Magazine”. Outro trabalho que realizado no âmbito académico, também publicado na revista universitária, foi uma crónica intitulada “Será o início do fim?”, que retratava os dois anos em que estivemos fechados em casa por conta da Covid-19. O terceiro trabalho a destacar trata-se de uma reportagem publicada no Jornal do Fundão sobre o Burel (tecido produzido através da lã de ovelha) e sobre a Ecolã, empresa que confeciona produtos em burel, sediada na região da Beira Interior.

Ainda no verão de 2023, começou a fazer voluntariado numa instituição que ajuda animais abandonados, a Instinto APAC, sediada na Covilhã. Enquanto voluntária, assim como os restantes, auxilia na limpeza do abrigo dos animais, participa em campanhas de recolha e feiras para a angariação de fundos, sobretudo, bens alimentares para os amigos de quatro patas.

Além disto, também já foi ajudante de cozinha onde fez de tudo um pouco, desde: preparação dos alimentos para os pratos, bem como auxílio na montagem e confeção dos pratos e, no fim de cada serviço, procedia à limpeza da cozinha, dos seus utensílios e copa.

De momento, encontra-se a finalizar a sua Dissertação de Mestrado sobre os Mecanismos de censura utilizados na Imprensa durante o Estado Novo, mais concretamente, durante o período do Marcelismo (1968-1974). O tema surgiu do interesse em estudar o passado do jornalismo, mais concretamente, a máquina censória que o Estado Novo ergueu para influenciar a população e a “informação” que circulava e ainda quais as consequências que dela advieram para o setor. Descreve a experiência da Dissertação como solitária, mas enriquecedora pelo conhecimento adquirido até ao momento.

Posto isto, se quiserem encontrar a Ana Catarina, certamente, estará acompanhada do seu chá e do seu livro de romance, História Contemporânea ou Jornalismo, dependendo da sua disposição no momento. Além de ser uma colecionadora exímia de livros na sua estante, descobriu que gosta de séries, especialmente se meterem polícia e suspense à mistura! Se não estiver a ler um livro ou a ver uma série, certamente, deve estar a recriar uma receita que viu no Tiktok, porque uma rapariga prendada é assim: faz tudo e mais alguma coisa.

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