Outra vez, veremos o nosso antigo e conhecido personagem a discorrer mais uma apresentação daquele quotidiano varonil, que presenciava na antiga Veracruz porém agora, na mais nova parte sul, que outrora foi trocada com Espanha. Na primavera pandémica de 2021, sem hipótese de contactos e muito menos de receitas financeiras, contratos eram celebrados on-line e por meio digital, como uma antiga novidade negocial e imposta por nova realidade geral. Muita gente se mudou das cidades, para praias e campos, fugindo do encerramento em apartamentos de cidades metropolitanas, então bloqueadas à livre circulação de pessoas e aos contactos pessoais.
Outras, despacharam-se ou, despacharam os parentes problemáticos, para praias paradisíacas localizadas nas províncias dos distantes vizinhos. Ademais, com as mascarillas estilo mini-burkas, agora reconhecidamente fashionable…negociavam tais contratos, atrás da tela computacional, e de bolso. Restava a reza e o faro, para assegurar o menor prejuízo possível. Notas informativas de botequim, e de redes de policiamento vizinho, diziam estarem os malucos, à solta nas tais vizinhanças praieiras. Curiosamente as reservas e garantias, eram estabelecidas na palavra e adiantamento. Risco enorme onde a praxe de Vila Rica, não garantia estas palavras...
Livres das saidinhas, destornozelados e como filhotes de papai, que subsidiando o mal-empregado empenho de internação distante, forçaram-se a praticar o vício controlado, alhures nas terras de ninguém. O arrendamento de casas seguindo esta tendência, permitiu assaltos e utilização de residências para fins excusos diversos, inclusive o tráfico de drogas, entre outras barbaridades resultantes disso, como a violência doméstica.
Vídeos incríveis dos estados das casas, viralizaram, como justificativas para a exigência de cauções de segurança, que minimizassem ou evitassem de algum modo, cenas bárbaras justificadas apenas por algum favelismo intelectual de prováveis doentes psiquiátricos, muito entorpecidos por drogas legais e ilegais. Sequer antecedentes destes locatários estavam disponíveis, devido ao recesso laborativo das atividades fundamentais dos Estados, voltados estes principalmente e quiçá exclusivamente, porque tornavam-se acessórios, justificadamente pelo revés incomensurável do cisne-negro, que foi o evento daquela pandemia, global. Uns choraram, outros venderam lenços.
Finalmente, os doutores vizinhos também desacorçoados com tais eventos inéditos e as diversas práticas protocolares inovativas, esqueceram e não puderam sequer requisitar as internações compulsórias em camisa-de-força! Talvez, nem leitos — ou celas — estivessem disponíveis a estes pacientes extras. Um momento de alteração de realidade e convivência que, causou infantilismos e inércia, de pessoal mal-treinado pra emergências ou, já cansados das infinitas emergências incessantes. E de todos os graus e matizes, profissionais também. Restou ao senhorio, resolver a sua mazela por conta própria, mas, com muita calma dentro do possível e, calçado com clareza nas certezas jurídicas que os histéricos, perderam.
Surpreendentemente, como numa chacina Palestina do Hamas, daquela executada em festa Rave eletrônica da franquia brazuca em Israel, o clima do El Niño avisou, e ninguém acreditou…
Veio a chuva de Outono a adentrar pelo inverno antecipado, já num calendário retrasado, que como sempre, de tempos em tempos, se altera e transborda. A natureza negligente, lavou a alma dos atentos, que de atenção e respeito, sempre acendeu velas aos seus Santos. Explodiu de indignação e chorou por eles, e por todos, que de fortes e resilientes, não podiam revidar, reclamar ou renegar. Natureza essa humana, e que a sua mãe, essa mesma a maior natureza, botou e apresentou os seus recibos nas mesas, dos rios e barragens, das lagoas ou lagunas, que trouxeram a limpeza de almas, às suas bordas… mas quando secar, ficará a paisagem igual ao même viralizado, daquelas casas griladas ou traficadas, que jaziam numa UTI econômica, nunca recuperada…
Pediu ainda uma última palavra, em prantos desesperados, o réu natural, desde a sua posição de avalista e fiador, Paitrocinador! Eram lágrimas crocodilantes as tais, pois também nunca cumpriu. Lamúria comprovadamente por si só descumprida, mais acovardada do que séria, portanto, vingada pela face natural da negligência coletiva, que avassalou aquela região alagada. Assim, torna-se inacreditável a quantidade de revezes consecutivos que já não surpreendem nem horrorizam as populações de envolvidos. Porque de tão envolvidos que estão, já não percebem sua própria negação, ou cumplicidade, com os infortúnios que alguma crença transcendental possa vir a justificar, quando recorrerem às explicações de “fé” num futuro melhor. Porém, com ausência de esforços planejados e laboriosos, que a realidade sempre veio a impor.
Referência
Alguma Virada Mágica, na Praia do Rosa, com Reveillón Covid-19, 2021/22.