Uma nação qualquer sem maturidade, questiona e nega inconscientemente suas falhas, mesmo que claras aos olhos de seus pares, vizinhos e alhures. Uma nação nova, independente ou descolonizada, é vítima fácil de vaidades populares e elitistas, independente das suas classificações nas castas sociais.

Infantil, porque não percebe, ou ainda não consegue e por vezes não quer, autocriticar-se. Poderes políticos, judiciários, executivos e empresariais, tendem a acobertar-se, desvincular-se ou mesmo não perceberem variações de comportamento corporativo, ou não, que desfavoreçam a si próprios, no futuro de longo e médio prazo. No curto prazo, agravam-se as consequências futuras da barrigada ao fazer telhas rápidas, nas coxas! Não previne enchentes mas, suaviza goteiras.

Como pais e não países, acoberta, nega ou rejeita críticas construtivas, que a consciência ou outrem venham a fazer, contumaz ou esporadicamente. Um pai atento ou um país adulto mesmo que precoce, rapidamente se livra do risco da dependência e do sofrimento da pobreza, que não só esta mas, a do espírito. Julga com educação, para reeducar planos e caminhos ao futuro: assente às velas e ao vento, do momento. Não ignora, nem negligencia ações corretivas ou trabalhosas que economizadas, serão recobradas no futuro, de seus filhos, os adotivos ou não.

Um pai infantil ou país juvenil, não trabalha, se diverte. Não investe, esbanja. Não corrige, ostenta. Definição de soberba ou arrogância, invertidas para desmerecer ou humilhar a razão. É achincalhada pelo excesso verborrágico vazio, sem ação. Ou ação sem intenção, sem conclusão. Fantasiosa, desestruturada, falsa ou instável, que permita o duplo sentido da falácia, que duvida da certeza, incauta. Preguiça de ler, de estudar, de planear ou executar, para num inferno, invernar. Sabe lá o que se passa, nessa incapacidade de entender, fazer e querer.

Uma preguiça inculta, capaz de trair o desejo ou, o jeitinho do mal-feito disfarçado de bem, pelo ludibriado intencional. Conhecimento, investimento e promoção do capacitado, transforma o futuro em presente próximo, não em utopia futura. Usa conspiração para desmerecer ou desvalorizar o óbvio certeiro que, no futuro o descortinará. O próprio jornalismo dos medias, prega e desprega, antes e depois, com notícias hipotéticas e verdades confirmadas, num hiato temporal de vidas, que perdidas precisam aprender a sobreviver, com ajuda de um “snorkel” aspirante, numa altura suficiente da maré.

Fará diferença a capacidade de adaptação, a resiliência do sobrevivente nacional. Emigrados ou migrados, seja de que lado do globo estejam, se no novo, velho ou antigo mundos, animais racionais que incomodados ou cansados, se mudem. Se mudam ou calam, é para buscar os pais e o país que não conheceu na pátria desamada, de vizinhos e ciladas, na dificuldade intelectual avulsa ou coletiva, insistente em desnacionalizar. Se é que a humanidade, como fauna e natureza, evolui na maturidade, ou à comodidade...

O instinto, esse não cala, não muda. Se aprimora, treina e disciplina, com calma paciente e contente da certeza de alcançar êxito, como pregou a psicóloga religiosidade, desmerecida pela moderna psicológica. Diz-se e contradisse deveras confusa em horas que a simultaneidade da oração, a si mesma, enfraquece em parte as razões. Multiplicidade de hipóteses que, certas pela história mundial vivida, não reinventa nada, mas aprimora, readapta e culturalmente acomoda. Transitoriedade vivida que prefere estar mais certo que feliz, porque um sem o outro, nesta ordem, só finda com infelicidade, que este equivocado ditado infantil, descomprova no ontem, hoje e amanhã histórico internacional.

Nada se inventa, tudo se transforma e reinventa, diz o outro ditado, que universalmente amadurece no mesmo globo natural, sem fronteiras hipotéticas mas, geográficas! Quiçá, estejam em tempo de se recuperar: refazer e resgatar, suas sustentáveis riquezas e pobrezas, interdependentemente simbióticas na balança de equilíbrio dos opostos, que se completam e suportam. Oxalá, se acalmem com pressa, para de volta ao nada, se refazer de tudo e encontrar o objetivo esquecido, no percurso da vida, com os diversos vícios e amores, tornando-se louvores de gratidão pela experiência vivida, que deveras abstrata, a palpável se retrata.

Condições de vida e de planeta, que quando expiram, continuam a renovar, a esperança de voltar, num futuro breve ou distante, de uma maneira consoante, sem nada reclamar ou abjurar1. Deixar de interpretar o livre caminho do sonhar, sem forçar mas, conduzindo a intuição de acordo com a sensação de correção e mais valia, que a vida da metade para a frente, descortina com certeza o fumo de fumaça, desta magia inconsciente que transforma, ambos os pólos, tão negativos e positivos...

Como em Prosa, qualquer país que seja do novo mundo, antigos ou velhos continentes, diversas sociedades culturais e étnicas se encontram nestes estágios, ao oscilar da história. A dinâmica economia, influencia em todos os aspectos temporais, principalmente quando deflação, estagnação e calmaria representam pontos de viragem, discernimento de pensamento ou momentos de completude e satisfação das necessidades atendidas, que até a nova transição geracional se realavancará sobre novos pontos de equilíbrio.

Nota

1 Negar, desacreditar.