Há muitos anos a saúde mental é negligenciada ou menosprezada na nossa sociedade. Muitas vezes as pessoas deixam passar ao se deparar com os sintomas de uma saúde mental instável, outras não conseguem nem identificar os sintomas.
Infelizmente o preconceito formado ao redor dessa questão faz com que muitas pessoas vejam isso como fraqueza, frescura, ou algo do tipo, tornando isso uma dificuldade na procura por ajuda especializada, ou conversar com alguém próximo com receio de serem julgados, e isso é preocupante, pois sem ajuda adequada os sintomas podem piorar. A falta ou ineficiência de programas governamentais contribui para o aumento de casos e acaba se tornando mais um desafio a ser vencido. A questão do preconceito desde séculos atrás e a taxação de louco a quem tinha algum problema psiquiátrico também se tornou um desafio. Porém, a compreensão por parte da sociedade está cada vez maior, sendo isso crucial na quebra de barreiras e paradigmas para promover a busca de ajuda apropriada.
Os problemas com saúde mental estão cada vez mais comuns, afetando pessoas de todas as idades, circunstâncias e origens. A depressão e a ansiedade estão sendo as condições mais comuns. Isso pode ser debilitante, afetando toda vida da pessoa, porém, é importante o reconhecimento que essas condições são tratáveis, e a busca por ajuda é de extrema importância.
Um levantamento que faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que foi divulgado em julho, apontou que o número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 comparando com 2021. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios. De acordo com a organização mundial da saúde (OMS) são mais de 700 mil mortes por ano no mundo. Isso representa cerca de 1 morte a cada 40 segundos e a índicos que provavelmente a cada morte, há cerca de 20 tentativas feitas por outras pessoas, fazendo com que o suicídio se torne a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
A busca por ajuda é essencial, o receio por essa busca não se deve deixar afetar por parte dessas pessoas que necessitam de atenção especial. As pessoas que convivem e percebem que pessoas próximas estão passando por situação parecida, podem estar ajudando ouvindo e aconselhando a buscar ajuda especializada, no momento pode não parecer grande coisa, mas pode ajudar preservar uma vida. A nossa conscientização e apoio não deve ficar atrelado apenas a um mês, mas sim o ano todo. A empatia é fundamental nesse processo de ajuda.
É importante ficar atento aos sinais que as pessoas podem dar, como por exemplo, se isolar cada vez mais, sinais de não ter esperança no futuro em suas falas, visão negativa etc. Também existem fatores de riscos, por exemplo, o desemprego, perda de uma pessoa próxima, abusos no geral, violência etc. Ficar atento a esses sinais pode ajudar a salvar vidas.
Cuidados com a saúde mental é coisa séria, não deixe para depois o seu bem-estar por momentos de estresse passageiros, o momento passa, mas o estresse você pode ficar remoendo por dias. A saúde mental é essencial para o bem-estar do ser humano. Ela afeta todas as áreas de nossas vidas e merece a nossa atenção. Superar os desafios, aprender a lidar com o estresse, buscar apoio quando necessário e cultivar relacionamentos saudáveis são passos importantes para promover o equilíbrio emocional. A promoção da saúde mental deve ser uma prioridade em todos os níveis da sociedade, para que todos tenham a oportunidade de viver uma vida feliz e saudável.
Caso precise de ajuda ou informações, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV). Ligue para 188, a chamada é gratuita.