Nao sei quantas vezes você precisou se reinventar;
Não quantas oportunidades de realizar seus sonhos você teve;
Não sei quantos sonhos estão guardados, engavetados, esquecidos;
Não sei quantas vezes o "não" foi dito, por achar que o momento não era certo.
Nao sei quantas vezes você abriu mão de si, da sua dor ou alegria por alguém;
Não sei quantas vezes você duvidou de si, do outro do que viria;
Não sei quantas vezes você fez o que não queria, apenas para não desagradar alguém.
Não sei quantos choros foram de alegria ou tristeza;
Não sei quantas vezes sua dúvida foi maior do que a certeza;
Não sei quantas vezes você fez o muito com o pouco;
Não sei quantas vezes você sorriu querendo chorar;
Ou quantas vezes sorriu querendo nem estar ali.
Não sei quantas vezes você aceitou, simplesmente por medo… fosse de perder, de não ser compreendido ou por medo de ser você.
A vida passa e cada um com sua percepção… parece rápido diante as alegrias mas tão vagarosa diante dores, traumas...
Não sei quantas vezes pareceu que o jardim do outro era mais florido, harmônico, parecendo que o ensaio desafinado era apenas o seu.
Não sei quantas vezes sua mente vagou…c oração apertou, e você não foi, não fez… ou pareceu que nada aconteceu.
Não sei quantos abraços você não teve, quantos beijos foram negados, quantos ouvidos não dispostos;
A dor doeu só em você…
Não sei quantas vezes inovou a forma de pensar, agir, fosse profissional, no jeito de amar ou de criar; Não sei quantas vezes… ninguém vai saber.
A tentativa de viver um dia de cada vez tem uma única intenção, buscar nossa melhor versão.
Às vezes, sua melhor versão não agrada a expectativa do outro, mas lembra? Só você sentiu…
Só você se acolheu, cortou na carne.
Acredite, quando achamos que a “melhor versão” foi alcançada, a vida, os planos, as prioridades trocam de lugar e então é preciso se recriar. Sejam laços, afetos ou oportunidades.
Só a gente sente, seja do lado que for;
Só a gente sabe quantos bondes, metrôs, aviões ou companhias perdemos ou apenas as vemos passar, mas acredite, novos passarão.
Corra na sua velocidade, se agarre a porta, se coloque no vento, deixa ele fluir, mesmo que não saiba sua direção. O importante é que você sabe onde quer chegar.
E se no caminho a vontade mudar, contorne o vento, siga pela chuva ou pelo calor do sol, afinal, ninguém sabe como o tempo vai estar. Previsões, são apenas previsões. A certeza do que será? Deixa para o destino mostrar.
A gente quer bússola, mapa, sinal de fogo e esquece que o acaso também abraça, surge, vira presente. Compreenda que o acaso também está incluído no pacote viver.
Se esforce em ver beleza no que dói, no que é perdido. Acredite, estes momentos também são um caminho.
Não ache que só a sorte é boa, afinal, o acaso, também te protege;
Mesmo que você não compreenda quais ferramentas usar, aquele vento desviado em algum momento, volta, e novamente te dá direção.
Muitas vezes a atenção está tão voltada na direção ou no ponto final que não vemos que os bondes perdidos foram na verdade o acaso te presenteando com uma nova forma de viver e sentir.
Acredite em você, no seu sentir, no seu coração em cada passo que dá, seja lento ou não;
Ninguém nunca vai saber o valor do seu sonho, do que foi perdido, ganhado e vivido, mas siga na sua direção;
Caminhos tortos ou não, eles são seus e só você sentiu, e ninguém nunca vai saber.