Hamburgo, segunda maior cidade da Alemanha é conhecida principalmente pelo seu porto, um dos mais importantes da Europa, e durante anos a principal porta de entrada para as mercadorias provenientes de outros paises. Além disso, não faltam passeios culturais e históricos para os visitantes. A cidade tem investido muito nos musicais teatrais e nos passeios turísticos nos últimos anos. Por ser uma cidade tão rica em cultura e história os museus fazem parte de sua herança cultural. Entre os mais famosos e prestigiados está o Hamburger Kunsthalle.
Considerado um dos maiores e mais importantes museus da Alemanha, o Hamburguer Kunsthalle possui em sua coleção permanente obras que vão desde o altar medieval do mestre Bertram até pinturas de grandes nomes da arte contemporânea, como Gerhard Richter e Neo Rauch. O Hamburger Kunsthalle é também reconhecido internacionalmente pela qualidade de suas exposições temporárias, as quais atraem milhares de visitantes todos os anos.
O museu é formado por três edifícios: o mais antigo de 1869, outro de estilo neoclássico de 1919 e o cubo branco da Galeria de Arte Contemporânea inaugurado em 1997. A sua localização entre a principal estação ferroviária de Hamburgo e os lagos Alster o torna um destaque arquitetônico da cidade.
Galeria dos Mestres Antigos
Na coleção de Mestres Antigos quatro áreas tem sido o foco de pesquisa do museu desde a sua inauguração: a arte do norte da Alemanha por volta de 1400, as pinturas holandesas do século XVII, as pinturas italianas dos anos 1350 até 1800, e algumas pinturas francesas dos séculos XVI ao XVIII. O ponto que conecta todas as coleções é o da história da pintura em Hamburgo.
Na coleção permanente encontram-se obras do mestre Bertram, mestre Francke, Hans Holbein, Jan Massys, pintores holandeses de interiores de igrejas como Saenredam, Houckgeest e De Witte, obras de Rembrandt, Ruisdael, Rubens, além de pintores de Hamburgo como Georg Hinz e Balthasar Denner.
O espaço quando iluminado pela luz da tarde propicia um ambiente perfeito de contemplação para o altar do mestre Bertram. Na mostra encontram-se retratos seculares contrastando com paisagens e cenas religiosas do século XVI e XVII.
Galeria do Século XIX
O museu possui uma das mais importantes coleções de obras do século XIX. Na Galeria do século XIX o visitante pode admirar pinturas que vão desde o Romantismo em 1800 até o Impressionismo alemão por volta de 1914. A exposição é organizada por ordem cronológica começando com uma ala dedicada às obras do pintor Philipp Otto Runge que, ao lado de Caspar David Friedrich, é considerado o mais importante pintor do começo do Romantismo.
Nas outras alas seguem-se obras do período Romântico e do Classicismo. As paisagens italianas clássicas de Joseph Anton Koch dão lugar às obras de ideais medievais e pinturas de Rafael e Dürer. A obra As Bodas de Kana (1819) de Julius Schnorr Von Carolsfeld representa uma das principais pinturas desse início do século XIX. Uma das mais importantes e conhecidas pinturas do Romantismo Caminhante Sobre o Mar de Névoa (1818) de Caspar David Friedrich encontra-se representando a solidão do homem moderno perante uma paisagem majestosa. Em sua grandiosa obra, a paisagem está dotada de um sentido existencial, vindo a ser uma metáfora para o destino humano.
Inspirado pelos cultos da antiguidade está o famoso Ailantery de Arnold Böcklin, assim como obras de outros Germano-romanos, tais como: Anselm Feuerbach, Hans von Marées e Adolf Hildebrand. Entre os grandes nomes da pintura francesa da segunda metade do século XIX encontram-se: Gustave Courbet, Camille Corot, Honoré Daumier, Edgar Degas, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Auguste Renoir, Edouard Manet, Claude Monet, Alfred Sisley e Paul Cézanne. O Realismo e o Impressionismo são representados por obras de Courbet e Renoir. Os pintores Edouard Manet e Claude Monet possuem várias obras importantes na exposição. Já, Degas, com quatro pinturas e uma de suas famosas esculturas Bailarina de Ballet expostas, é especialmente bem representado.
Em busca de uma representação mais realista de paisagens estão os pintores de Barbizon, entre eles Theodore Rousseau, Constant Troyon, Narcisse Diaz de la Peña, Charles-François Daubigny, Jean Francois Millet e, temporariamente, Camille Corot. Enquanto grande parte dos artistas do século XIX utilizavam como tema de suas obras a antiguidade e seus mitos, os simbolistas e realistas tomavam um caminho distinto. Giovanni Segantini une uma paisagem realista com uma mensagem religiosa pictórica em O Consolo da Fé (1896), e Max Liebermann se limita ao realismo estrito em As Remendadoras de Rede (1884-1889).
Galeria de Arte Moderna
O departamento de Arte Moderna do Hamburger Kunsthalle é um dos mais variados e importantes de seu tipo na Alemanha. Os diretores do Kunsthalle se esforçaram para reconstruir e ampliar a coleção após as perdas sofridas durante o programa "Arte Degenerada", implementado pelos nacionais socialistas em 1937.
O departamento possui obras que datam desde 1900 até os anos de 1960. Há um número abrangente de obras do pintor Lovis Corinth, e o pintor norueguês Edvard Munch possui relevantes obras na coleção. O artista Wilhelm Lehmbruck possui uma sala inteira dedicada às suas esculturas, assim como, o pintor Max Beckmann. Os artistas “Brücke” Ernst Ludwig Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff e Emil Nolde também constituem uma importante parte da exposição do museu. O movimento artístico após 1945 é demonstrado, em parte, na arte existencialista de artistas franceses como Alberto Giacometti, Jean Dubuffet, Germaine Richier e os pintores da Escola de Paris. O trabalho de Ernst Wilhelm Nay, por sua vez, apresenta uma abordagem mais individual e independente do abstratismo. A incorporação de obras de Giorgio Morandi ou dos modernistas como Picasso, Marc Chagall e Oskar Kokoschka evidenciam o aspecto variado da coleção.
Galeria de Arte Contemporânea
O edifício de duas partes foi inaugurado em 1997 e abriga obras de artistas internacionais que vão desde 1960, com a Pop Art, até os dias de hoje.
Os destaques importantes da coleção são pinturas dos anos 60, obras de artistas alemães do final dos anos 80 e 90 como Thomas Schütte, Reinhard Mucha, Stephan Huber, Wiebke Siem e Olaf Metzel, assim como, de fotógrafos alemães representados por Andreas Gursky, Thomas Struth, Thomas Ruff e Candida Höfer. O Hamburger Kunsthalle também conserva uma crescente e significativa coleção de vídeos e novas mídias. A coleção do Kunsthalle é complementada com empréstimos concedidos pela Fundação de Amparo as Coleções de Arte de Hamburgo, assim como, de fontes privadas como da coleção Scharpff, Sohst, Lafrenz, Böckmann e Jung.
Desenhos e Fotografias
Com um acervo de mais de 100 mil obras em papel e de alta qualidade de impressão, o museu possui uma das mais importantes coleções de seu tipo na Europa. Uma grande variedade de desenhos raros e gráficos impressos a partir do século XV até os dias de hoje proporcionam uma visão geral e ampla da arte europeia.
Horários de funcionamento:
De Terça-feira a Domingo das 10h às 18h
Quinta-feira das 10h às 19h
Fechado às Segundas-feiras