Curador, produtor, investigador e radialista, é licenciado em História da Arte com menor em História, pela Universidade de Coimbra e mestre em Estudos Curatoriais pelo Colégio das Artes da mesma universidade. Cresceu e viveu na Alemanha de 1995 a 2006 tendo resolvido, por intuição, substituir o quotidiano germânico pelo lusitano, num gesto reminescente de redescoberta pelo seu passado emocional. Em Barcelos, dá-se a envolvência prolífica com o momentum cultural que determinaria a sua inquietação artística, manifestamente presente através da atenta subordinação do olhar, que paulatinamente tomava a forma de escrita.
Desde 2016 viria a dedicar-se à programação, gestão, coordenação e produção de projetos culturais, bem como à investigação curatorial. Desde 2018 e já praticamente estabelecido em Coimbra, foi curador da Galeria V, localizada no edifício da Rádio Baixa, mais precisamente na histórica baixa de Coimbra, tendo materializado uma série de exposições, (“ Interaction”; “DOM: Registos da Memória do Corpo”; “Coimbrã Ex-Situ”; etc.). Foi curador para a 25ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português. Participou em 2019, enquanto curador, na programação convergente da bienal de arte contemporânea ANOZERO em Coimbra, com as exposições “Dimensões Variáveis” e “Unsitted Movement”, assim como para o programa de ativação da bienal, com o projeto “Longe, no caminho”. Enquanto diretor artístico para a Galeria V organizou no âmbito da bienal ANOZERO duas mesas redondas que reuniram figuras incontornáveis do universo artístico, nomeadamente, Agnaldo Faria, João Ribas, Pedro Pousada, Vasco Costa e Lígia Afonso.
Em 2021 viria a especializar-se sobre os métodos de conceptualização e exibição da time-based-art, tendo por base a intervenção curatorial. Ao abrigo desse processo empírico de investigação chegou a trabalhar enquanto produtor para a cooperativa Curtas Metragens CRL, mais precisamente para a Solar - Galeria de Arte Cinemática.
Simultaneamente à prática curatorial, tem se vindo a interessar em escrever sobre o redimensionamento expositivo da vídeo arte, assim como, do próprio filme, em profunda transformação, promovendo novos estados de atenção, viscerais e concretos que, por sua vez, libertem as obras do seu estado passivo e se tornem mais escultóricas, mais ativas no diálogo com o espectador. Atento sobre os aspetos filosóficos intrínsecos para a elaboração do seu pensamento, é ainda interessado, sobre a ciência, tecnologia, ecologia, arquitetura, política, música e desporto.
Inquieto e envolvido em diversos projetos, o autor foi também locutor da Rádio Universidade de Coimbra e Rádio Universitária do Minho, tendo realizado alguns programas, nomeadamente o “No Mans Land”, “Suburbano”, “Gondwana” e mais recentemente o “Expanded Jazz”. Considera-se ainda um profundo europeista, uma vez que desde 2012 participou em mais de uma dezena de projetos de intercâmbio, desenhados com objetivo de incentivar à construção de soluções progressistas de valorização socio-cultural de cada país interveniente.
Rui Barros, atual colaborador da meer.com, pretende então promover o espírito crítico perante as formulações estéticas inerentes ao universo artístico, consubstanciando correntes filosóficas que atuem sobre a interpretação da experiência artística, assim como, sobre o pensamento científico e cultural. Abordar fenomenologias, com base em estados psicofisiológicos que permitem entender o diálogo entre a obra de arte e o espectador.