Já é Natal outra vez!
Então, Ho! Ho! Ho!
Quando chega julho, um despertador toca dentro do meu coração, são as luzes do Natal que se aproximam. Parece tão distante, não é mesmo, mas a minha empolgação já busca várias inspirações, que me orientam num planejamento minucioso que faço a respeito do assunto.
É claro que nem todo mundo tem esse mesmo sentimento, ou até mesmo há quem não goste deste evento, mas enfim cada um com seu Natal.
Amo Natal! E assim é.
Este ano me parece que em julho as pessoas já estavam bem cansadas e fazendo um balanço antecipado e parcial do ano, talvez pelo volume de informações que crescem, situações nada agradáveis no mundo todo, injustiças, desencontros e tentativas de se encaixar num contexto que te faça mais feliz, ou mesmo pelas discussões cada vez mais próximas sobre inteligência artificial, que nos deixam ainda bem inquietos. Será que teremos natais lindos nessa nova era, mas esse é um outro capítulo.
Voltemos ao Natal e o que ele desperta em meu estilo de vida. Ah! Sim, porque para mim faz toda diferença. Luzes acessas acendem minha alma, o cheiro da comida me revigora de todas as mazelas do ano. Encontrar a família, me lembra de onde vim, e enfeitar a casa é joia rara. É sobre a disponibilidade para se deixar levar pelo espírito natalino.
Há controvérsia sobre o nascimento do Cristo Jesus, bem como se o natal é puramente comercial. Há muitas crenças e jeitos de renovar a fé, lançar mão de uma estrela guia e seguir confiantes com as luzes que iluminam a estrada adiante. Não julguemos! Deixemo-nos embebedar pelo encanto de vida, nascimento e possibilidades.
Claro que pessoas nesse período passam por muitas dificuldades, perdas afetivas, trabalho, dignidade e até brigam com sua fé, além dos que por convicção não acreditam em nada disso. Mas fico com aquelas que acreditam nessa magia.
Sem falar no bom velhinho que sai da Lapônia para atender sonhos e desejos de crianças e adultos. Acreditar no Papai Noel é brincar de crer no possível, e pasmem isso não torna você ingênuo, bobo ou fantasioso, torna você mais criativo, algo a ser preservado.
Compre presentes, e o maior presente será sua disponibilidade em exercitar a empatia pensando no outro. Presentes tem suas variações sejam dos mais caros aos mais simbólicos, mas o que está em jogo mesmo é o poder de se doar, mimar e fazer o outro se sentir bem e abraçado pelo que lhe é ofertado de melhor.
E o que falar dos rituais, missa do galo, preparação do peru, as cantatas de Natal, os eventos natalinos solidários, as ferinhas, arrumação da casa dentre outros. Na nossa família, minha mãe que é sempre uma referência por aqui, sempre gostava de pintar a casa, lavar a louçaria e comprar roupas de cama nova, e podem acreditar todas herdamos essa paixão.
A comida é outro importante ponto, o que servir nesse período, como providenciar itens na despensa que você lançará mão ao preparar o primeiro bolo. Como identificar comidinhas que alegrarão ótimos encontros e confraternizações entre amigos, sempre tudo regado a bebidinhas e drinks especiais e trilhas sonoras para lá de duvidosas.
E a decoração da casa, sempre uma dúvida entre os mais céticos, a respeito do momento mais apropriado para retirada daquelas caixas preciosas, recheadas de belezuras, que a cada ano encontramos uma melhor maneira de armazená-las e organizá-las. Eu tenho cada vez mais antecipado essa arrumação, porque me encanta ficar por muito tempo sobre esse efeito de luzes, daquele clima e cheiro de Natal. Já imaginando, porém sem sofrimento que no mais tardar será tudo desmontado no Dia de Reis, aqui no Brasil celebrado em seis de janeiro.
Quando trabalhamos muito, temos diversos afazeres, ou mesmo quando estamos mais preguiçosos, empurramos nossa organização de Natal para o último minuto, mesmo assim a graça não se perde, não deixa de ser um momento em que podemos refletir a cada bola pendurada o quanto foi bom ou nem tanto, nosso ano.
Há tempos pergunto aos meus amigos “que cor vai ser o seu Natal?” Que para além das bolas e fitas, é o reflexo do que vivemos ou a tentativa de curar experiências ruins.
O que importa mesmo é a magia, a leveza e a possiblidade de encontros lindos, de comprar a roupa nova, de fazer o último embrulho para árvore, de consertar aquele Elfo que insiste em não ficar sentado direito, de verificar uma lâmpada do pisca-pisca que não acendeu, e sobretudo de brindar com aqueles que amamos.
Feliz Natal!
Nos vemos já! Já!