No dia 2 de outubro deste ano o Brasil vai eleger (ou reeleger) um novo presidente. Segundo a opinião de alguns analistas, esta será a eleição mais suja e mais fraudulenta que o Brasil já presenciou deste o golpe militar de 64. Um cenário muito provável devido ao que ocorreu nas últimas eleições em 2018, onde o número de fakes news registrados atingiu índices alarmantes nunca vistos antes. Afinal, na luta pelo poder vale tudo, independente do impacto que isso possa causar.
Entretanto, creio que o pior cenário ainda não foram as fake news e mentiras espalhadas, com um único objetivo de desinformar a população. Não. Da forma como vejo as coisas, o pior foi observar o impacto social desta última eleição, onde absurdamente um número considerável de sócios, amigos de infância, e até mesmo familiares, romperam laços entre si devido as suas divergências políticas.
Agora, um novo cenário surge, e junto com ele a incerteza do futuro do país. Depois de tantos governos fracassados, o próximo presidente vai ter a missão de tentar reerguer uma nação afundada em dívidas e completamente descrente em seus líderes. E sendo assim, vamos analisar um pouco mais sobre a situação: Jair Bolsonaro, o atual presidente também conhecido como “o mito”, tenta sua reeleição. Jair Bolsonaro ficou conhecido por prometer acabar com a mamata no Brasil, e aprovou uma quantia de bilhões de reais para o fundão eleitoral. Prometeu acabar com a corrupção, e interviu na Polícia Federal acabando com a operação lava-jato quando a investigação chegou no seu filho. E foi negligente quanto as decisões tomadas durante a pandemia do covid, resultando na morte de centenas de milhares de pessoas. Jair Bolsonaro realmente é um mito, o mito da mentira, da falsidade e da arrogância personificada em uma única pessoa.
Em favorito dos brasileiros, vem o ex-presidente e condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, Luís Inácio Lula da Silva. O homem qual Barak Obama chamou de “the man”. Após ter tido sua condenação anulada pelo Supremo Tribunal do Brasil – a instituição mais corrupta do país – Lula se tornou novamente elegível e passivo de disputar as eleições. E Obama estava mais que certo. Lula realmente é “o cara”. Porque somente “o cara” seria capaz de fazer campanha eleitoral no velório da própria esposa, ofender toda comunidade LGBT, e permitir que o partido desviasse bilhões de reais afundando economicamente o país, e ainda assim, continuar com a popularidade que tem. Admito, eu queria ser que nem esse cara.
Ciro Gomes aparece também com um forte apoio popular. Sendo totalmente contrário e oposição ás políticas adotadas pelos dois candidatos citados anteriormente, Ciro afirma que vai mudar o país. Que vai trazer desenvolvimento, educação, e uma moeda forte. O candidato que teve cenas de violência, descontrole, racismo, e homofobia expostas na internet, além da sua casa invadida pela Polícia Federal devido a denúncias de corrupção, é muito possível que seja o que o Brasil precisa agora para superar essa crise. Sérgio Moro seria um candidato que apareceria como esperança perante esta imagem deste quadro da dor pendurado pelo prego do desespero. Entretanto, Moro é um candidato totalmente inexperiente e sem o menor conhecimento em outras áreas, que não seja a área judicial. Além disso, Moro é uma pessoa conservadora, e provavelmente contra a legalização da cannabis, contra o casamento gay, e contra o aborto. E uma pessoa com estes ideais não pode ser presidente de uma nação.
Com tantas alas radicais puxando cada uma para seu lado, é muito possível que o Brasil acabe por ser esquartejado. Cada um rema pro lado que lhes interessa mais, quando na verdade, deveríamos estar remando todos na mesma direção.
Enfim, sigo com a esperança de que um dia as pessoas irão acordar, e irão perceber independente de quem assuma, independente do presidente, tudo não muda, e tudo continua igual. Não existe direita ou esquerda, não existe democracia, tampouco liberdade de escolha. O que existe é o governo contra o povo, corporativismo, e escravidão social.