O 13 é formado pelos números 1 e 3. O 1 simboliza coragem, iniciativa e disposição para correr riscos. Já o 3 representa a autoconfiança e o optimismo de acreditar no melhor da vida, além da reacção de leveza e liberdade que acompanha essa atitude positiva perante os desafios.
Na Antiguidade clássica, o número 13 recebia uma conotação positiva; poderia representar o mais poderoso e sublime. Assim, é dito que Zeus se juntou a 12 deuses num cortejo e, sendo o 13º se distinguiu pela superioridade. Ulisses, por sua vez, escapou de ser devorado pelo Ciclope e era o 13º elemento do grupo.
Historicamente, a lenda da sexta-feira treze está relacionada com um fato histórico. Foi no dia 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira, que a polícia do rei Filipe, o Belo, invadiu a fortaleza dos Templários em Paris e botou todo mundo na cadeia. Uma boa parte desses chamados “Cavaleiros de Cristo” acabaram sendo queimados na fogueira. Por causa disso, a sexta- feira 13 se tornaria um dia amaldiçoado.
Na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda.
A Índia é uma da culturas que subverte a ordem e leva o 13 como um símbolo de prosperidade. Para os indianos, o número que apavora norte- americanos é visto como sagrado, como amuleto. Aliás, em um dialecto falado no norte da Índia, o número é pronunciado como 'tera', que é a palavra utilizada para se referir a Deus.
Outrora, na Provença, o Natal era festejado com treze sobremesas; na Romênia, com treze pratos de peixe.
Foram os treze primeiros Estados Unidos da América, que tomaram a iniciativa histórica de uma Declaração dos Direitos do Homem. A primeira bandeira dos Estados Unidos tinha treze estrelas e treze listas vermelhas e brancas.
No Concílio Vaticano II, o famoso Schéma XIII foi considerado um dos documentos determinantes, que marcou, no que concerne aos debates e à entrada da Igreja em uma nova era, "a passagem para um outro plano".
Isto porque o número13 sugere a morte da matéria e o nascimento do espírito: a passagem para um plano superior de existência. O número treze representa a transformação. O treze reduzido ao quatro (1 + 3 = 4), numa oitava superior, mostra um trabalho evolutivo. Tem sido temido como o número da morte, como é representado no Tarot, e, de fato, a representa, mas não no sentido comum, físico, mas sim, de metamorfose, mudança! A morte é uma simples alteração, necessária para um início inspirador, uma nova tomada de consciência. Quando nascemos nesta vida, morremos num outro nível de existência. Quando nos formamos, morremos como estudante e nascemos como profissional. No casamento, cada um morre como entidade isolada para renascer como dupla. Transformação é a palavra-chave do 13.
A décima terceira letra do alfabeto hebraico, mem, tem como valor numérico 40. O Quarenta está ligado à purificação: o povo judeu errou quarenta anos no deserto (Êxodo), Jesus jejuou quarenta dias, a Quaresma dura quarenta dias (e termina com a Ressurreição). Treze e quarenta estão ligados nessa noção de "morte a si mesmo" e de "renascimento espiritual". Treze, 1 + 3 =4. Quarenta, 4 + 0 = 4. Quatro é o ressurgimento para uma nova vida, a concretização e a matéria.
Havia doze discípulos, e Jesus era o décimo terceiro, por isso alguns consideram de mau augúrio treze pessoas à mesa. Esquecem, no entanto, que a se acreditar nas Escrituras, a morte de Jesus foi seguida da Ressurreição. Há doze signos do zodíaco, com o Sol no centro. O número 13 é sagrado, assim como quaisquer de seus múltiplos. Identifica um iniciado ou alguém que renasceu através dos poderes mentais da transmutação. O número 13 é preservado nas medidas da Grande Pirâmide.
Astrologicamente, a carta treze do Tarot, a Morte, é vista por alguns como regida por Escorpião, que governa os órgãos de reprodução, o nascimento, a morte e a transformação.
Representa um momento e não um processo. É o ponto entre o antes e o depois, o momento exacto do corte e da transformação. Nos passos da iniciação, é a morte do ego dando lugar a um outro ser. Destrói-se a personalidade para recriá-la sob um novo aspecto: a comunhão com o ego universal. A morte é um mistério que todos compreendemos, mas que precisamos de aprender a aceitar naturalmente.
A expansão (3) da força vital original (1) produz, com o passar do tempo, a forma (4), a Terra. E, o número treze, nos ensina que a morte deve ser entendida, não temida. O 13 reduz-se ao 4, o número da Terra.
Relembremos que a Bíblia diz que somos o sal da Terra.
Acima de tudo, o treze é capaz de provocar mudanças pacíficas, que poderão melhorar os padrões de vida do mundo. Os cortes são necessários para que se possa colher os frutos maduros.
Segundo as formas tradicionais que regulam o esoterismo do número, o doze representa o ciclo completo, não podendo ser transmutado senão por uma contribuição exterior, tendo uma mudança de princípio determinado originalmente o ciclo. Eis porque o 13, isto é, 12 + 1, sugere tradicionalmente a morte e um novo período na evolução cíclica.
Os astecas acreditavam em treze céus e sua semana tinha treze dias. E o calendário maia, também chamado Calendário do Novo Tempo ou Calendário da Paz, é composto por treze luas, cada uma de vinte e oito dias. Quem tem medo do número treze sofre de triscaidecafobia .
13 são os capítulos do livro Arte da guerra, de Sun Tzu e dos livros de geometria e matemática de Euclides Os Elementos.
E que dizer do décimo terceiro mês?
O 13 é um enigma encantador!