Os belos retratos de Steve McCurry já encantaram milhares de pessoas pelo mundo todo. Sua sensibilidade para captar a essência das pessoas o transformou em um dos fotógrafos mais premiados e aclamados da atualidade. Natural da Pensilvânia, Estados Unidos, Steve McCurry nasceu em 1950 e se formou em Artes Cênicas em 1974, mas acabou se interessando por fotografia quando passou a produzir imagens para um jornal em sua faculdade, o The Daily Collegian. Após trabalhar por dois anos no Today’s Post ele foi para a Índia trabalhar como fotógrafo freelancer e foi lá que ele aprendeu a observar as pessoas e a ter paciência para o momento perfeito. “Se as pessoas esquecem que você está com uma câmera na mão elas mostram a alma”, disse o fotógrafo.
Sua carreira como fotógrafo deslanchou quando ele começou a cobrir os conflitos durante a invasão soviética ao Afeganistão. Para cruzar a fronteira com o Paquistão em áreas controladas pelos rebeldes afegãos pouco antes da invasão, ele usou trajes típicos para passar desapercebido entre a multidão. Quando saiu de lá, levou todos os rolos de filme costurados em suas roupas. Suas fotos estavam entre as primeiras feitas durante o conflito e por isso foram amplamente divulgadas, ganhando inclusive a Medalha de Ouro Robert Capa de melhor reportagem fotográfica no exterior. Um prêmio dedicado a fotógrafos que demonstram grande coragem e iniciativa.
Após essa empreitada, McCurry continuou a cobrir conflitos armados, incluindo a Guerra Irã-Iraque, a Guerra Civil do Líbano, a Guerra Civil Cambojana, a Guerra do Golfo e a Guerra Civil Afegã. Suas fotografias são destaques em revistas do mundo inteiro e ele é colaborador frequente da Revista National Geographic desde 1997.
Por seu magnífico e corajoso trabalho, Steve já ganhou grandes prêmios incluindo Fotógrafo de Revista do Ano, concedido pela Associação Nacional de Imprensa, além de quatro primeiros lugares no concurso World Press Photo.
Durante as coberturas das guerras, Steve se concentrava nas consequências que esses eventos imprimiam na vida das pessoas e não apenas para o ambiente em geral. A maioria das suas imagens são baseadas nas pessoas e nas experiências gravadas em seus rostos. Ele capta a essência da pessoa enquanto ela está envolvida em todo aquele cenário caótico.
Em 2003, Steve foi retratado no documentário The Face of The Human Condition, do premiado cineasta francês Denis Delestrac. E em maio de 2012, ele foi o fotógrafo escolhido para fazer as fotos do Calendário Pirelli 2013, no Rio de Janeiro. Steve também tem seu trabalho exposto em diversos livros, tais como Steve McCurry: The Iconic Photographs (2011) e Steve McCurry: Portraits(1999), ambos da Editora Phaidon Press.
Apesar de trabalhar com câmera digital, Steve admite que prefere os rolos de filmes de antigamente. Quando a Kodak lançou sua última produção de Kodachrome em 2010, Steve foi convidado para utilizar o último rolo de filme para fazer 36 fotografias para serem eternizadas no George Eastman House, o museu mais velho do mundo dedicado a fotografias. Algumas dessas imagens foram publicadas na Internet e na Revista Vanity Fair. Um dos seus mais famosos trabalhos, a fotografia célebre intitulada “A Menina Afegã” é ainda reconhecido e utilizado como referência em todo o mundo. A imagem foi capturada em um campo de refugiados afegãos, perto de Peshawar, Paquistão. Reproduzida como capa da Revista National Geographic em Junho de 1985, também ficou conhecida como a “fotografia mais reconhecida” na história da revista. A identidade da menina dos olhos mais famosos do mundo era desconhecida até 2002, quando McCurry e uma equipe da National localizaram a mulher, Sharbat Gula, 17 anos depois. Ao encontrá-la, Steve disse: “A pele dela está desgastada pelo tempo, há rugas agora, mas ela é tão impressionante como ela era há tantos anos atrás”.
Conheça mais do trabalho desse grande fotógrafo em seu site oficial.