Mês de férias e festas chegando e muitos já começaram a programar suas próximas viagens. É tão bom sair da rotina e poder colocar nossos sonhos em prática, não é mesmo? Porque para mim, cada nova viagem é também a possibilidade de viver um pouquinho de um sonho, seja conhecendo uma nova cidade ou país, andando de avião pela primeira vez, conhecendo uma cultura diferente ou aquele lugar especial que víamos nos filmes pela televisão. Como é prazerosa a sensação de poder fazer acontecer e alcançar um destes objetivos.

Planejar é o primeiro passo para realizar, portanto uma parte essencial de qualquer viagem. Mas, para além do planejamento macro, existe também uma série de detalhes que precisamos nos ater para que as coisas saiam da melhor forma, e uma parte importante é sem dúvida a hospedagem. Além de uma das mais onerosas também. Por isso, algo que deve ser bem cuidado para que a experiência seja positiva no contexto final.

Normalmente as primeiras opções que veem a mente no quesito hospedagem são os hotéis e pousadas, que são de extrema relevância e trazem muita praticidade e comodidade para qualquer viagem. Já quando se trata de famílias com filhos pequenos os resorts também estão no Top of Mind das pesquisas, em especial, em regiões de praias e em meses de calor. Contudo, outros tipos de hospedagem ganharam força nos últimos anos, em especial o famoso e conhecido site Airbnb onde é possível alugar casas e apartamentos inteiros por temporada em qualquer lugar do mundo. Um contexto diferenciado dos tradicionais já citados, mas que agrega um grande benefício: custo.

A possibilidade de alugar uma casa inteira também permite estar com mais pessoas, seja amigos ou família, e neste caso os custos também podem ser compartilhados. E quando colocados na ponta do lápis, saem muito mais em conta do que os hotéis. Mas, é claro, não traz a comodidade de ter um café-da-manhã pronto te aguardando todas as manhãs, nem serviço de quarto, nem outras facilidades que muitos não abrem mão quando estão de férias. Por isso, o tipo de alojamento escolhido deve atender as escolhas e necessidades de cada indivíduo ou grupo.

No entanto, para além destas opções, um novo conceito que me conquistou há muitos anos é a experiência de Troca Casa. Na minha opinião, uma das formas mais autênticas de viajar e de se inserir na cultura local. Mas, como isto funciona? Bom, eu diria que é mais ou menos como o aluguel de temporada, mas sem custo envolvido.

Eu iniciei minha jornada nesta área à partir de uma plataforma que eu gosto muito e sempre recomendo, o Home Exhange, um site disponibilizado em vários idiomas e com opções de hospedagem em todo o mundo. Na prática funciona assim:

  1. Você cria um perfil e insere suas informações pessoais;

  2. Adiciona fotos da sua casa e da região onde você mora;

  3. Faz um resumo sobre você e sua família (para que as pessoas te conheçam e se sintam à vontade em lhe propor uma troca);

  4. Paga para a plataforma uma taxa anual (este é a único valor envolvido no processo).

A partir daí você tem acesso a milhares de opções de casas, apartamentos, lofts, cabanas, e até castelos onde as pessoas efetivamente moram ao redor do mundo, e pode começar a propor trocas de casa com todas elas. É incrível!

Por exemplo, se eu estou planejando uma viagem para Inglaterra no natal, irei pesquisar dentro da plataforma opções de casas cadastradas nesta região e enviar mensagens individuais para as pessoas que moram lá propondo uma troca de casa.

  • Esta troca pode ser recíproca: eu irei para lá no natal e ela virá para minha casa no Brasil no mesmo momento.

  • Não recíproca: Eu irei no natal, mas combinamos que ela virá para minha casa na páscoa. Neste caso, saímos de casa e a deixamos livre para nossos convidados e vice-versa.

  • Ou ainda troca por pontos: Minha casa vale 100 pontos/noite dentro da plataforma, se eu recebo alguém na minha casa por 5 noites, receberei 500 pontos por isto. Assim, quando eu for viajar terei esta quantidade de pontos para fazer uma troca onde quer que eu vá.

O mais importante é deixar tudo pré-combinado com o seu anfitrião e ou hóspede. O papel da plataforma é garantir a segurança dentro deste processo, facilitar as interações e comunicação e servir de apoio para qualquer necessidade.

E aí as perguntas que muitos me fazem são: mas você não tem medo de deixar a sua casa para um desconhecido? Nunca roubaram nada?

E a minha resposta é não. Estar numa comunidade como esta é partir da premissa que assim como você confia a sua casa para alguém, outro alguém também estará confiando a casa dele para você, então a confiança é mútua. Você tem acesso ao perfil e as avaliações de outros que já fizeram trocas anteriores com aquela pessoa, cabe a você filtrar para quem você deseja ou não emprestar sua casa.

Todas as experiências que tive até o momento, sem exceção, seja emprestando ou indo para a casa de outras pessoas foram muito positivas.

Estar de fato na casa de uma pessoa local, compartilhando da sua intimidade, é uma experiência incrível. A forma mais autêntica de estar inserido nos costumes e modo de vida de cada região.

Além das incríveis amizades que já fizemos ao longo dos anos com estas experiências. Saindo para jantar ou almoçar com nossos anfitriões, os guiando sobre as melhores opções dentro da nossa cidade, surpreendendo e sendo surpreendidos com sutilezas durante a sua ou a nossa estadia. Criando amigos com os quais mantemos interações até hoje.

Mas, volto a dizer, cada opção que temos em relação aos alojamentos que escolhemos deve ser condizente com a nossa forma de ver a vida e com as nossas crenças e necessidades. Portanto, é uma escolha totalmente pessoal.

O importante é escolher aquela que mais faz sentido para você. Escolha a sua e aproveite!