A humanidade ainda não compreendeu a Natureza, não sabe lidar com ela, e funciona como verdadeira inimiga em certos e atuais momentos.
A natureza pode ser considerada como tudo o que existe no planeta Terra, exceto as obras humanas? O mundo natural dos organismos vivos e seu meio ambiente, composto por forças e leis que manifestam os fenômenos ambientais, a priori, são alheios às ações humanas. Esse conjunto de vida, elementos e fenômenos que compõe o meio ambiente, não depende da ação humana para se desenvolver. Embora o contrário não seja possível, a humanidade se comporta veloz em destruí-la.
Essencial para a manifestação da vida na Terra, seus elementos naturais em interação e dependência uns dos outros, existe para manter o equilíbrio ecológico, isto é, as relações entre seres vivos e o meio ambiente. Além disso, a natureza fornece ao ser humano, elementos essenciais para a possibilidade de existir, ar água, alimento, energia, remédio e oportunidades de inspiração criatividade e cura. Mas, o que estamos fazendo das relações entre os reinos, enquanto humanidade?
A palavra natureza e tudo que a contém e está contida, apesar de fazer parte do cotidiano humano, é certa e visivelmente mal compreendida pela humanidade, por conta da sua complexidade de significados e maus usos do seu grande e poderoso mistério. Às lentes dos mais sensíveis, foge à razão de difícil compreensão, tamanha desumanidade com os Reinos Naturais. De onde vem essa capacidade insana de vilania e autodestruição?
A palavra vem do latim natura, que significa “qualidade essencial, disposição inata, o curso das coisas e o próprio universo.
A natureza em sua magnitude, envolve desde a partícula subatômica até a amplitude universal dos astros, planetas, estrelas, galáxias. Um conjunto de forças, de seres, de leis, de energias. E esse conjunto, isto compõe a contraparte material da manifestação de um logos, núcleos de pura energia que promovem a criação e a sustentação dos universos. De forma que a natureza é a exteriorização de algo muito profundo, muito criador, daquilo que sustenta todos os universos. A natureza é a parte externa disso, a manifestação disto.
Onde existe um logos existe natureza, tanto no plano material quanto imaterial, à parte da tridimensionalidade, isto é, em outros níveis de consciência, não no plano físico, está a supra natureza de vibrações invisíveis aos sentidos físicos. O reino humano contemporâneo, dotado de ganância e livre arbítrio, passa a não obedecer às leis naturais do universo, e então tanto a natureza quanto a supra natureza padecem dessa capacidade veloz e destrutiva da humanidade.
Tudo agora se mostra as claras, a humanidade e sua capacidade de destruição, mas também a força reagente e imbatível da própria natureza.
Para Heráclito de Éfeso, filósofo do fogo, logos é o conjunto harmônico de leis que comandam o universo, formando uma inteligência cósmica onipresente que se plenifica no pensamento humano. O plano evolutivo para a terra segundo os conhecimentos espirituais antigos, estava previsto que a humanidade conhecesse bem a natureza, de forma a colaborar com sua obra. O ser humano não foi posto aqui para destruir a natureza. Onde foi que nos degeneramos?
A natureza procura manter a harmonia, tendo em vista conjunturas e leis não só deste planeta, e agindo dentro de estruturas e leis cósmicas, traz contribuições à humanidade visando a nossa ampliação dessa cultura planetária. Quando a ordem e o equilíbrio do planeta se perde, as forças da natureza reagem. Se a humanidade está produzindo desequilíbrio, a natureza está reagindo.
Será necessário trazer à consciência da humanidade qual é a função dos reinos naturais. E esse mecanismo deve ser interno. Essa busca do que está oculto em si, na supra natureza. É dentro que encontrarás o que rege essa natureza. Internamente ir percebendo o que contém e está contido em sua própria natureza. Encontrar a si próprio. A supra natureza é a parte oculta que rege as leis supra físicas e manifestam a vida.