Pois voltemos então, ao tema do momento ou de sempre, que é a tal da Diplomacia do Futebol e sua influência nos comportamentos sociais e políticos internacionais, inclusive da corrupção. Pelo menos assim, nos tem testemunhado os media ao longo de décadas, através da indústria televisiva, do entretenimento e da moda. Futebol é fashionable. Vejam o glamour dos diplomatas desportivos, grandes ícones ou ídolos. Companhias imensas lucram e investem a partir destes pilares que hoje voltaram a ser também chamadas de Arena, como as romanas. Logo quiçá, serão Coliseo. Sim, daquelas que reúnem o povo para um relaxamento mental e emocional, em relação às dificuldades quotidianas e políticas, também. Até o mundo árabe agora acedeu ao Futebol, depois do Japão, da China, etc. Não olvidemos nem desmereçamos o valor e a importância social internacional deste esporte-político icónico!
Infelizmente e apenas por um "Tiquinho" portugués, dizem os mêmes brasileiros, torcedores e também os adversários, aquele centroavante atacante avançado e, o artilheiro isolado do campeonato brasileiro de 2023, desceu do céu ao inferno, de um minuto para o outro. Falhou um Penalty que incrementava a goleada, a vantagem pontual e a artilharia, tudo junto. Isso, depois de uma expulsão suspeita, do zagueiro principal da sua defesa! Imensas tentativas extra campo - ou como se diz futebolísticamente, no tapetão - porque acabaram com o fornecimento de energia elétrica do "Tapetinho" no Rio de Janeiro, alcunha da Arena de gramado sintético do clube invencível, quando na sua casa. Acabou por murchar uma nova era e, uma festa talvez programada com muita antecedência, que esvaziou um balão da era moderna expectável, dos clubes empresa. Cancelaram a tal partida postergando-a para o dia seguinte, sem torcida nem adeptos, porque a antiga e velha segurança pública, desaconselhava. Novos e velhos fantasmas reencontram-se, relembrando porque o monopólio e/ou oligopólio estatal de fornecimento de energia elétrica, é duvidoso sob vários aspetos.
Como num jogo de xadrez, em que põe-se um adversário em estado de xeque, tentou ser bem pensada uma tempestade perfeita, quando: o clube é presidido e administrado por um investidor privado norte-americano; o clube adversário já tinha uma alcunha paranaense de petralha; nos EUA foram presos por corrupção desportiva os antigos presidentes da administração futebolística brasileira, enquanto hospedados in some Trumpist Hotel de Nova York. Belo prato para um futuro xeque-mate, bem frio.
Na seguinte partida de gala, já recompostos e reanimados por um independente slogan contra-tudo e contra-todos, desbancaram ainda no primeiro tempo os ítalo-portugueses palestrinos, atuais campeões brasileiros da modalidade mai popular do mundo, por 3 a zero! Este adversário, respetivamente das nacionalidades da Mãe e do Pai do Brasil medieval, ainda estava lá com o Mister portugués a gerir os atletas, patrício que logo da sua chegada, também tinha afrontado a tal administração do futebol, pelo mesmo assunto corruptivo, característica famosa internacionalmente daqueles confins. Soube-se e ouviu-se que, o artilheiro botafoguense, enfrentava problemas graves de saúde em sua família! Uma fraqueza emocional muito difícil de administrar, em meio a tantas outras. Então curiosamente, coisa que não havia no futebol analógico de antigamente, o árbitro de futebol, catarinense, um estado sulista atualmente acusado de Nazista pelo brasileiro médio, reverteu sua decisão e expulsou o defesa aos 20 minutos do segundo tempo. Mas a sorte continuava a sorrir aos alvinegros quando, o artilheiro sofreu um penalty e tinha nas "mãos" e nos pés, a chance de consagração nacional e antecipada. Naquela nação, que o viu voltar da imigração futebolística para em casa pendurar as chuteiras com glória e, em grande! Faltou alguma orientação profissional de experientes a trazerem-lhe calma e certeza. Perdeu...
E deu-se a reviravolta: o adversário, um garoto de 17 anos, da nova geração e, "a la Pelé" conduziu a bola, sob olhares hipnotizados, acreditando no impossível sinal que, em poucos segundos, reverteu a luz da consagração. Sucumbiu ali o "Golias" e ergueu-se o David, repetindo minutos depois novamente outra façanha que possibilitou reverter o placar. Reinseriu-se a si próprio e aos companheiros numa disputa pelo campeonato, que já 80% estavam descrentes. Sim, quase 90% era a estatística favorável ao alvinegro, que viu sua vantagem cair para 30%, desconstruindo-se tudo que apresentaram em quase um ano ou mais, de exaustivo trabalho. Como o dito efeito borboleta, que pode afetar resultados a partir de interferências diversas, inclusive emocionais, não só a psicologia justifica mas principalmente a psiquiatria, visto o meio, os efeitos químicos e as características subdesenvolvidas de tais constituições geopolíticas, administrações ou conjuntos sociais, que não resumem-se apenas às corrupções conscientes ou inconscientes. Já não podiam apenas botar a culpa em terceiros. Faltou pouco, pouco estofo à mais, para tal superação e consagração. Talvez aquela velha crença e síndrome de vira-latas que, numa junção de várias genéticas de povos em fuga, ameaçados e subjugados ao longo da história, reunidas numa só inconsciente cultura, em sentimento de perseguição, sucumbiu. Ao verbalizar o sentimento, esvaziou uma força intrínseca de superação. Morreu na praia. Porém o pensamento moral e ético católico, teoricamente o conduz a esperançar ainda uma possível reencarnação após o extremo esforço, que o matou!
Simultaneamente, estão frequentes denúncias de racismo e xenofobia contra brasileiros em Portugal, que agora são os de classe média e alta que para lá retornam, refazendo os caminhos inversos dos antepassados. Têm sido mesmo recorrentes. Ontem mesmo, de Curitiba veio uma notícia de que mulheres portuguesas - quiçá de famílias portuguesas descolonizadas em Angola e Mozambique - ofendendo uma hipotética "raça" brasileira, como supõe as imagens d'um centro comercial, que foi similar àquelas dos filhos adotivos do casal brasileiro de artistas de TV, num bar de praia aos arredores de Lisboa. O artilheiro botafoguense do brasileirão, foi artilheiro portuense no campeonato portugués e, repatriado em grande pelo antigo técnico também portugués que, foi suportado pelo norte-americano investidor, dando origem a modernas relações internacionais e caseiras, que as antigas de Babel, já trazem nas entre-linhas, justificativas diversas que ponderem e desdobrem novas fases desta evolução social "latino-americana", futurista...