O ser humano é uma partícula do Grande Mistério, que se ilumina,
quando a consciência do Criador se expande, introduzindo Nele
impulsos criativos capazes de penetrar sua substância.
É chegado o momento da Iniciação. No Movimento para vida, a cada despertar inicia-se um novo dia. O recomeço. Espaço para nos tornarmos um ser mais que humano. Agradecidos, acompanhamos o giro do sol interno, sentindo cada passo dado, as marcas deixadas da pureza da alma e aspiração do espírito, na nossa terra interna, da evolução em expressão da Sabedoria. Guiados pelo Conselho de Anciãos cósmicos, acatamos as decisões que concernem à evolução dos reinos do planeta em que vivemos, percorrendo o Grande mistério durante éons de tempo. Acolhemos as mais positivas sementes da Luz, refletidas em Bem e irradiação da paz que alcançamos e Co Criamos o Movimento para a Vida, vertendo sobre a humanidade a essência da sabedoria, disponível em diversos graus, aos que lhes estejam receptivos, como É o nosso caso.
Em Presença, somos preparados nos níveis internos para a próxima iniciação. Sendo assim, não haverão mais regras seguidas no plano físico, como anteriormente. Isto não significa que possamos nos descuidar daquilo que geramos no mundo material, pois a essência do mecanismo iniciático permanece, e nossa conduta precisa pautar-se pelas leis evolutivas que já podemos aprender. Mais energia, menos matéria. No nível concreto é necessário depurar a vida orgânica, conforme as leis físicas que regem a vida das células. No nível mental-emocional é indicado não participar de conflitos e manter o pensamento positivo em frequência elevada, tendo presente a meta interior.
Toda Iniciação é aquele momento onde a consciência se expande, por meio da qual adquirimos o controle das leis regentes de certo nível da existência, bem como do nosso corpo de expressão naquele nível, tornando-nos ali, prolongamentos de energias criadoras, designadas aos processos que marcam avanços específicos na evolução de cada qual e repercutem no Todo.
As Iniciações constituem portanto, marcos na trajetória da consciência rumo à Origem. É o caminho de transcendência das leis materiais e de ingresso em mundos incorpóreos e imateriais; fazendo emergir faculdades superiores que lhes tornarão lúcidas em níveis suprafísicos. Ao adquirirmos controle das leis de um nível de existência, a consciência toma-sí-a apta a ser iniciada em outro, mais sutil. Nessa sucessão de patamares, está todo movimento dos éons do tempo. Este movimento que nos aproxima da fonte interior. Deste fogo que vivifica e potencializa a vontade e o poder, liberando todo nosso potencial, facultando-nos projetar energia para os núcleos de consciência mais concretos.
Esta incidência estimulará transformações nas forças do interior dos átomos, permitindo então a ruptura dos limites da forma. Presentes nas energias que fundamentam o movimento e suas Iniciações, desbloqueamos os canais de percepção e estas energias são continuamente irradiadas. Há contudo, momentos determinados por conjunturas, momentos de maior abertura intema e maior afluxo dessas energias. É quando se rompem os véus que encobrem a realidade. Esses momentos, de acentuada liberação e expansão da consciência, constituem a experiência iniciática. As Iniciações transcorrem em planos subjetivos. Cada Iniciação reflete-se nos vários núcleos e corpos do ser, bem como no universo em que ele habita.
Este fogo interior é ativado e passa por transmutações ao longo dos éons. É imaterial e não está submetido ao querer humano. Transforma, Cura, Eleva e Regenera tudo que o penetra. Para tanto, silêncio, aspiração e entrega são necessárias para que dele provenha a união do eu externo a vossa essência.
O Portal de acesso aos éons, seus começos e seus fins, requer o pensar sem pensamento em consonância com o Plano Onírico, na dimensão dos sonhos de que nossa Alma é feita. No entanto, ao adentrar o Portal devemo-lhes dizer da sua importância na hora de compreender porque começa ou termina um éon. Atentemo-nos. Seu começo ou fim estará definido pelas mudanças substanciais e importantes no que tange à nossa evolução, dos seres vivos. Nos servirão para indicar a importância do tempo em um éon. Os éons podem ser acessados, a partir do nosso grau de conhecimento e elevação da sabedoria ancestral. No trajeto, transitamos pelos reinos e dimensões da existência. Coletivamente, podemos passar por tempos de degenerescência e tempos de Vicejo. Então temos os éons.
Quando o éon se conclui, os ensinamentos desapareceram. É muito comovente ver a descrição disso, ouvi a experiência vivenciada. Quando falamos de éons, tratamos de algo imaterial, intuitivo, que por hora podemos não entender muito bem, mas que faz todo sentido, estes ciclos que acontecem na vida e acompanhamos seus movimentos conscientemente. Quando os ensinamentos desaparecem, o Criador então, emana Instrutores para reintroduzi-los.. Eis que aqui estamos. Esta é a nossa missão; portanto, nunca haverá de faltar esse momento, onde um novo buda, cristo ou xamã retornam e compartilham os ensinamentos registrados nos éons do tempo.
O Curso? Todo curso é um percurso. O Movimento consciente é o artigo número um da nossa dança, e é também o último artigo do nosso credo.
Era manhã de raios vermelhos e lua cheia, e lá no fundo da cor, um campo verdejante, uma mandala de árvores e pés. Presenças de Luz Paz e Amor, protegidos por uma lagoa de pedras, de águas frescas e seres fluidos. Águas da Fonte. Contemplávamos extraordinariamente o giro do sol, e a terra debaixo dos nossos pés em banho morno, ecoava seu coração tambor, de dentro para fora e de fora para dentro de nós. Observamos atentamente aquele momento, sabendo que cada movimento era um passo de dança do Portal de éons que acabávamos de adentrar.
Colocamos nossa mente nos pés, na transmutação do caminho, dos nossos venenos e ilusões, e sobreposta à neutralidade das emoções, aprendemos o primeiro passo dessa dança. Em silêncio sentimos nossos pés magnetizados em pleno contato e na velocidade da luz, começamos a acessar os éons do tempo. A vibração dos elementos adentrava as solas dos nossos pés subindo ascendente até o Coração. A Vibração subia preenchendo com movimento, todos os membros, espaços e camadas internas dos Presentes, e aos poucos ia transbordando pelos nossos olhos, essa energia em forma de vibração. Abraçamos uns aos outros, aprendemos a extirpar o orgulho e a vaidade exercitando a Coragem, a Entrega e a humildade.
O Movimento para a vida é um processo de conscientização do movimento que propõe ao ser, captar a realidade da nossa força interior e usá-la para abrir os canais de percepções ativadas. Desenhos da ecologia interna descobertos nos elementos da dança consciente, que funcionam como ferramentas de expressão da criação frente as adversidades físicas, mentais, emocionais e espirituais. Aqui deixamos implantado o movimento consciente como autêntica criação natural. Uma forma ativa de modificação e mobilidade creativa. Não é uma questão de formar movimento sob os auspícios da consciência, mas sim que a consciência se converta na práxis do Movimento consciente. Assim é.