Antonio Obá investiga as relações de influência e contradições dentro da construção cultural do Brasil, dando margem a um ato de resistência e reflexão sobre a ideia de uma identidade nacional. O artista tenciona por meio de ícones presentes na cultura brasileira uma memória identitária racial e política, esses conjuntos icônicos históricos e por vezes religiosos, são explorados dentro da escultura, pintura, instalações e performance.

O corpo do artista é o meio corrente de seu trabalho, cambiando entre performance e momentos ritualísticos, questões como a erotização do corpo negro masculino e a construção identitária do mesmo são pontos centrais na pesquisa de Obá. Com a vivência e concepções contemporâneas do artista a respeito da fé, sua pesquisa estabelece uma teia de sentidos que conecta a nossa atualidade com tempos apagados pela história.

Antônio Obá (Ceilândia, 1983) vive e trabalha em Brasília. Suas exposições incluem: Pipa Prize 2017, MAM-Rio, Rio de Janeiro (2017); entre, Casa da américa Latina, Brasília (2016); My body is a cage, Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro (2016); ONDEANDAAONDA, Museu Nacional da República, Brasília (2015); OCUPAÇÃO, Elefante Centro Cultural, Brasília (2014); Impermanências, Galeria de Arte Dulcina de Moraes, Brasília (2008); Sob o signo de um novo olhar, Centro cultural do SESI, Brasília (2003).