A Galeria Madragoa tem o prazer de apresentar Homework, uma exposição com trabalhos de Sara Graça, Lea Managil, Adriana Proganó, Alice dos Reis, Eduardo Fonseca e Silva & Francisca Valador e Jaime Welsh.
A pesquisa por trás deste projeto (um “trabalho de casa” essencial para a nossa galeria) foi focada na recente produção de uma geração mais jovem de artistas em Portugal. Em vez de querer ser um exame a esta geração mais jovem, a exposição tenta instigar uma conversa menos convencional entre práticas artísticas muito diferentes: em cada uma delas, porém, o objetivo comum de criação de uma visão surreal, que envolve o corpo e o espectador, parece emergir. Através de uma abordagem tecnológica subtil ou de suportes mais tradicionais, cada um dos artistas da exposição convida o espectador a entrar no seu próprio mundo, onde o que se vê é exatamente o que não se tem.
Recebidos pela instalação Scratch de Lea Managil (1991, Lisboa, Portugal), somos confrontados por um som reconhecível, facilmente encontrado na nossa memória coletiva, que frequentemente desvanece nas nossas vidas quotidianas, despercebido.
Também as pinturas de Eduardo Fonseca e Silva (1993, Lisboa, Portugal) & Francisca Valador (1993, Lisboa, Portugal) parecem querer passar despercebidas com a sua pequena escala e a insignificância dos objetos retratados, criando ao mesmo tempo imagens emocionalmente muito carregadas. O desenho de Sara Graça (1993, Lisboa, Portugal) parte de uma pesquisa na web para sobre o termo “empatia”: uma das imagens resultantes foi transformada numa visão pessoal de um contexto desconhecido. Perguntas pessoais também surgem na instalação de posters da artista, espalhados para a ocasião em diferentes locais da cidade, enquanto ambientes fictícios em renderizações 3D de empreendimentos imobiliários de luxo no vídeo de Alice dos Reis (1995, Lisboa, Portugal) são transformados por um apagão muito tangível. Na pintura de Adriana Proganó (1992, Luzern, Suíça), Girl steals ducks, because, ducks are important uma figura feminina multiplica-se para perseguir e roubar patos em torno de uma fonte, num bacanal de corpos animais e humanos, enquanto nas fotografias de Jaime Welsh (1994, Lisboa, Portugal) os sujeitos parecem encontrar-se num estranho estado de hiper-passividade, presos numa dimensão autossuficiente onde nada se move, criado pelo artista através de uma subtil pós-produção das imagens.