É daquelas pessoas que tem mil projetos a fervilhar na cabeça e que tem dificuldade em começar um deles, porque não consegue escolher? Todos lhe parecem fantásticos e não consegue decidir-se por um e abandonar todos os outros? Tenho uma boa notícia para si: não precisa de o fazer. Há tempo para tudo ou quase tudo.
O truque é deixar de pensar no imediato
Em vez de querer fazer 10 projetos em simultâneo, planeie ao longo da vida. É certo que não sabemos quão longa será a nossa vida, mas é preferível partirmos da premissa de que será longa, de forma a desbloquearmos e passarmos à ação. A ideia é ajudá-lo a enquadrar os seus projetos com o resto da sua vida e fazê-lo perceber que alguns projetos são ótimos para pôr em prática no imediato e outros podem ser um excelente complemento para aquilo que espera vir a fazer daqui a 10, 20 ou 30 anos.
A linha do tempo
Numa folha de papel, desenhe uma linha horizontal ao centro e divida-a em partes iguais. Cada parte representa uma década da sua vida. Pode começar o exercício na década atual ou escrever os feitos mais marcantes da sua vida até ao momento e continuar daí. Para cada década, escreva entre 3 e 5 objetivos importantes que gostaria de realizar. Suponha que vai viver até aos 100 anos, por exemplo. Imagine que, entre os 30 e os 40 anos, quer progredir na carreira, ter casa própria, casar, ter 2 filhos e viajar à China. O que vai fazer a partir dos 40? E dos 50? E dos 60? Use a sua imaginação. Pegue na sua lista de projetos para realizar e compare com os objetivos que determinou. Agora que a sua agenda mental se expandiu consideravelmente no tempo, consegue encaixar a sua ideia de vender artesanato online ou de abrir uma gelataria artesanal, mesmo que no imediato tenha um trabalho como secretária que mal lhe dá tempo para respirar?
Nunca é tarde para se dedicar ao que gosta de fazer
As pessoas mais jovens têm tendência a esquecer-se que a vida continua depois dos 40. Querem concretizar já todos os seus planos de vida, como se muito em breve fossem velhos e não houvesse tempo para nada. Por outro lado, há pessoas com mais de 40 anos que acham que já é demasiado tarde para iniciar um novo projeto. Contudo, quanto mais ativa e apaixonante for a sua vida, maior será a sua qualidade de vida a longo prazo, pelo que nunca é tarde para se dedicar ao que gosta de fazer.
Se é daquelas pessoas para quem esta estratégia não parece nada apelativa, porque do que gosta mesmo é de se dedicar a várias coisas em simultâneo, mas não quer ser considerado um “pau para toda a colher”, saiba que também existe uma estratégia para si, que abordarei no meu artigo do próximo mês.