Viver, mais do que tudo, é estar disposto a aprender todo dia algo novo, não permanecer preso ao que já envelheceu e perdeu o sentido, buscando o crescimento como pessoa, sem perder tempo. A vida exige de nós muito mais do que damos a ela e mesmo assim ainda é muito generosa com nossos erros, ou apesar deles. Errar é parte da vida, mas é importante se corrigir antes de seguir em frente.

Ninguém aprende com os erros, com eles o máximo que dá para aprender é não cometer o mesmo erro mais tarde. Aprendemos muito quando assumimos a missão de corrigir um determinado erro cometido, nesse momento precisaremos acionar todo nosso conhecimento, e, se preciso, adquirir novas ferramentas, além de sabedoria para não achar que somos autossuficientes ou que o erro foi corrigido por não ser mais detectado.

Erros podem ficar escondidos em algum canto obscuro dentro de um processo e parecer sanados por não ser notados. Se os erros não forem realmente e totalmente sanados logo quando ocorrem podem ficar ocultos e crescer por falta de atenção, daí quando retornam estarão bem maiores e exigirão mais esforço para serem solucionados.

Ao colocarmos como premissa de nossas vidas o constante aprendizado, e não o levarmos a cabo apenas quando ocorrerem problemas, mas quando a vida estiver no seu curso normal, evitaremos que os erros prejudiquem o desenvolvimento de nossos projetos. A vida é feita de projetos, sem os quais não controlamos os seus caminhos abrindo a porta para os desastres, cujas consequências serão sentidas.

No curso de uma vida normal, além do aprendizado formal, que recebemos na vida escolar e acadêmica, além dos cursos livres que fazemos, levamos também lições de casa, dadas pelos nossos pais através dos conselhos, dos exemplos e pela simples observação das atitudes deles perante a vida, com os dois últimos aprendemos muito mais.

Todo dia eu aprendo que a vida é paciência e repetição contínua, ela sempre me diz da forma que eu consigo entender, que eu tenha calma e aceite o tempo de cada coisa, que não adianta eu pegar atalhos porque um dia terei que voltar e fazer a parte do caminho que eu pulei para acumular experiências necessárias, que o atalho me tirou, para dar um próximo passo depois do objetivo alcançado, afinal a vida segue.

Atalhos são verdadeiros enganos, pois nos colocam lá na frente de forma artificial, mas ao termos os olhos abertos conseguimos ver que estamos fisicamente à frente, mas em todos os outros aspectos ficamos para trás, então percebemos que o atalho, na verdade, foi um atraso porque temos que voltar e que é melhor seguir a caminhada pelo caminho longo que nos traz maior sabedoria.

Muitas vezes nem notamos o aprendizado, mas sempre estamos adquirindo conhecimento simplesmente porque estamos vivendo. Principalmente quem está realizando um sonho, executando seu projeto para alcançar um objetivo. Essa pessoa está aprendendo o mais importante de tudo: que a vida não é um parque de diversões, ela exige sabedoria e suor.

Sabedoria não é só o acúmulo de conhecimento importante em sua vida pessoal e profissional que o torna uma referência entre seus pares. Sabedoria nada mais é do que o acúmulo de conhecimento por meio do estudo e das experiências vividas, que só faz sentido quando você semeia esse conhecimento por onde você passar, sem restrição alguma.

Quem guarda seu conhecimento, como se fosse um tesouro inexpugnável, um dia vai perceber que todo o seu esforço para adquiri-lo foi em vão, sem uso ele regride, porque sem ser semeado pelos campos da vida não deu frutos na forma de mais conhecimento. Portanto, se quer expandir o seu conhecimento, passe o seu adiante, nesse processo, você sempre terá de volta um pouco mais do que você espalha.

Existe o medo de que se o conhecimento for espalhado, alguém um dia terá mais conhecimento do que quem o espalhou, acontece, e isso não tem nada de ruim, pois quanto mais conhecimento circulando menores serão as prisões mentais, pois seremos mais questionadores e assim não aceitaremos determinadas situações que pessoas mal intencionadas nos impõem, evitaremos os buracos escuros e os cercados onde permaneceremos confinados, perdendo assim o controle sobre os nossos pensamentos.

Quer ser livre de verdade? Liberte sua mente em primeiro lugar, pois pior do que a prisão física, onde as grades te impedem de ir aonde você quer, é a prisão mental quando, mesmo livre fisicamente você está preso por limitações imaginárias e postas de forma vil em sua mente através de mentiras, impedindo que você enxergue o que está bem na sua frente e distorcendo o que é explícito.

Aceite o que a vida te ensina, liberte-se do pensamento tosco e seja uma pessoa que toma decisões importantes por si mesma e não pelo que o mantra mentiroso de uns poucos, malandramente o faz acreditar. A liberdade de pensamento e a expressão sincera dele sempre te colocarão livre, mesmo na discordância e, caso você tenha que argumentar, nesse momento o conhecimento vai fazer toda a diferença.

Toda forma de preconceito é fruto do desconhecimento, da ignorância, a empatia é fruto do conhecimento, assim como o amor ao próximo - seja ele da religião, sexo, cor da pele e condição social que for - se não nos interessarmos mais pelo outro como evitaremos o preconceito? Se eu desconheço então ataco como forma de defesa, mas se eu chegar perto e enxergar o outro por dentro minha reação será mais amigável.

Aprender a ver as pessoas com menos reservas, a debater as diferenças, a encontrar acordos possíveis, entender que em uma negociação qualquer, ambos os lados precisam ceder para chegar a um acordo bom para todos, poderia fazer que esse mundo, que caminha à beira de um abismo, cheio de guerras e divisões imbecis, estivesse bem melhor, mas a proposital ignorância leva o homem a ser cada vez mais egoísta, preso em si mesmo sem observar o que há em sua volta, uma pena que seja assim!