“Um detalhe esquecido pode resultar em muitas decisões erradas”. Assim pensava William E. Boeing, o homem visionário e perfeccionista que construiu um grande império a partir de apenas um sonho: voar.

William Edward Boeing nasceu em Detroit, em 1 de outubro de 1881. Herdeiro de uma herança de US$ 1 milhão deixada pelo pai, que morreu de gripe quando ele tinha 8 anos, estudou na Suíça em seus primeiros anos de vida e chegou a cursar a Universidade de Yale, mas não a concluiu.

Ao conhecer a história de Boeing, muitos podem dizer que tudo que ele construiu foi apenas por conta da sorte que teve ao nascer em uma família abastada. Só que ele tinha, na verdade, um um forte faro para negócios e investiu primeiramente no ramo madeireiro. Foi apenas ao ver um espetáculo de aviação em Washington que ele descobriu seu real talento: dar asas aos seus próprios sonhos.

Apesar de ser uma pessoa muito reservada, fez amizade com George C. Westervelt e por aí entrou no ramo da aviação. Nessa época ele não sabia nada a respeito de construir aviões, mas toda sua sagacidade o conduziu ao sucesso de mais um investimento. Sobre aquela época, disse Boeing ao escritor Harold Crary: “eu era apenas desejoso de aprender a voar”.

Instruiu-se, conheceu o ramo e apenas com base em um modelo da fábrica Martin, juntamente com poucos homens, ele construiu o hidroavião biplano B&W1, que realizou seu primeiro voo em 15 de junho de 1916. O avião, que tinha somente 7,7 metros e voou apenas 274 metros, fez toda a diferença na história da aviação mundial. Nascia ali a Pacific Aero Products.

Já com o nome de Boeing Airplane Company, na Primeira Guerra Mundial, a empresa de Boeing recebeu da Marinha uma encomenda de 50 unidades do modelo C-4. Com a derrota da Alemanha, os engenheiros de Boeing tiveram acesso a projetos mais avançados e desenvolveram seu primeiro jato, o bombardeiro B-47 Stratojet. Após esse projeto, foram construídos também o Boeing KC-135 Stratokner (um avião-tanque) e o jato de passageiros Boeing 707, que deu origem à família de aviões com o mesmo nome.

Com o fim da guerra, Boeing declarou: “Agora cabe a nós dedicar as nossas energias para o desenvolvimento de máquinas que serão utilizadas em tempos de paz”. Boeing tomou mais uma decisão que alavancou sua empresa: investiu no transporte comercial. A partir disso, com o desenvolvimento dos Model 80, passou a atuar no ramo do correio aéreo internacional. Foi o início da Boeing Air Transport.

Se na vida profissional tudo ia de vento em popa, na vida pessoal Boeing também ia muito bem, obrigado. Em 1921 casou-se com Bertha Potter Paschall, com quem teve William Boeing Jr.. William era tão apaixonado pela esposa que construiu um iate especialmente para ela, o imponente Taconite.

Além de empreendedor nos negócios, William também foi um grande piloto comercial e foi dele a ideia de ter aeromoças em voos para atender os passageiros. Conta-se que a primeira aeromoça da história foi uma ex-enfermeira contratada por ele para dar assistência a passageiros de seus voos noturnos.

Em 1934, sob a acusação de monopólio, Boeing teve que dividir sua empresa em três vertentes: United Aircraft Corporation, Boeing Airplane Company e United Air Lines. Nesse mesmo ano, ele aposentou-se do ramo da aviação, passando o comando dos negócios para Boeing Jr.

William E. Boeing viveu os últimos anos de sua vida cuidando de cavalos puro sangue, mais um dos negócios de sucesso em que investiu. Ele faleceu em 1956 aos 74 anos de ataque cardíaco, a bordo do iate Taconite.

Fontes:

Boeing, Wikipédia, Uol Educação.