Nice Guimarães, uma mulher de 51 anos, mãe, menopausada, vive hoje a sua melhor versão, em plenitude. Escritora, por vocação, treinadora de saúde, por profissão. A menopausa trouxe o seu despertar. Ela entendeu que pausas são necessárias, mas a vida jamais deve parar e tomou a melhor decisão de todos os tempos: jamais desistir de si mesma.
Passou por uma transformação que começou dentro de suas células e foi se refletindo em todo o seu ser de forma estonteante. Eliminou mais de 35 kg, sem medicação, com uma mudança total do seu estilo de vida, vivendo com mais leveza, no sentido amplo dessa palavra. A primeira tatuagem veio aos 46, os piercings, cabelo raspado na lateral, são o que seus filhos, carinhosamente chamam de ‘seu lado 17 anos’. Um lado que equilibra sua personalidade e personifica um dos aspectos mais importantes para ela, o humor, que considera um modo de viver.
O perfil multidisciplinar foi um desafio na adolescência. Fez, na época, o tão famoso teste vocacional, que não era tão acessível. Ela ansiava por uma direção, afinal seu coração, seu espírito e mente divagavam juntos sem qualquer sinal de decidirem por uma única área de atuação. O resultado foi de medicina à música, ela tinha vocação para qualquer área.
Incrédula, mesmo porque, sem nenhum talento para música, e disso, ela tinha certeza. Decidiu no melhor estilo musical: “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Assim viveu maravilhosas aventuras profissionais, até que finalmente, aos 40 e tantos, escolheu, finalmente.
Nascida em uma família de escritores, sempre teve habilidade com as palavras. O que a impediu, por tanto tempo, de publicar um livro? Pasmem! A timidez. Sim, o medo de se expor a paralisava diante do pensamento de ter seu nome na capa de um livro. Mas, em 2023, depois de brincar de ‘faz de conta que sou uma palestrante desenvolta e tagarela’, ela, assim, se tornou e publicou o ‘Ar Dá Vida’. Um romance autobiográfico que narra o pânico de sobreviver diante de um vírus que assolou o mundo inteiro e gerou milhares de mortos: a Covid-19, um dos maiores desafios que a humanidade enfrentou nos últimos tempos. Nos 33 dias mais longos da sua vida, acompanhando o pai numa internação entre a vida e a morte, aprendeu as lições mais preciosas, experimentou desafios sobre-humanos, encarou a morte de frente e, ainda assim, viveu uma linda história de amor.
O tempo é relativo, porque dias pareceram anos nesta saga da luta pela vida. Ela saiu do hospital, outra mulher. Consciente do poder da respiração, encontrou um novo mundo de (oxigênio), aromas, olfato e muita vida. “O Ar Dá Vida” é uma história sobre amor, morte, vida e esperança. Hoje está escrevendo seu segundo romance, como coautora e tornou-se infoprodutora, especialmente de conteúdos para a saúde feminina.
Assim é Nice, por Nice.