Vera Duarte Pina
Colabora no Meer desde setembro de 2023
Vera Duarte Pina

Vera Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina nasceu no Mindelo, S. Vicente, Cabo Verde. É Juíza Desembargadora, poeta e ficcionista, formada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Membro das Academias Caboverdiana de Letras, de Ciências de Lisboa, Gloriense de Letras e dos Municípios Cearenses, ALMECE. Integra a World Poetry Movement, WPM, Unión Hispanomundial de Escritores- UHE – Filial Cabo Verde e a União de Escritores de Língua Portuguesa. É investigadora correspondente do Centro de Humanidades/CHAM da Universidade Nova de Lisboa, membro do Institut for African Women in Law e Embaixadora de Boa Vontade do Serviço Social Internacional.

Foi Ministra de Educação e Ensino Superior, Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania, Conselheira do Presidente da República e Juíza Conselheira do Supremo Tribunal de Justiça. Integrou organizações como Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, Comissão Internacional de Juristas, Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, Associação Caboverdiana de Mulheres Juristas e Federação Internacional de Mulheres de Carreira Jurídica, entre outros.

Foi condecorada pelo Presidente da República com a Medalha da Ordem do Vulcão no 35º aniversário da Independência (2010); galardoada com a medalha de Mérito Cultural pelo Governo de Cabo Verde no 30º aniversário da Independência (2005); recebeu o premio Norte-Sul dos Direitos Humanos do Conselho de Europa (1995); Prémio Tchicaya U Tam´si de Poésie Africaine (2001), prémio Sonangol de Literatura(2004), prémio FEMINA 2020, para mulheres notáveis, prémio Literário Guerra Junqueiro, Lusofonias (2021), prémio José Aparecido de Oliveira de Honra e Glória ao Mérito, nos 25 anos da CPLP (2021).

Estreou-se na publicação com a obra poética Amanha Amadrugada (1993), a que se seguiram O Arquipélago da Paixão (poesia, 2001), A Candidata (Ficção, 2004, Preces e Súplicas ou os Cânticos da Desesperança (poesia, 2005), Construindo a Utopia (2007), Ejercicios poéticos (poemas em Espanhol e Francês) A Palavra e os Dias (2013). A Matriarca – uma estória de mestiçagens (romance, 2017), De Risos & Lágrimas (2018), A Reinvenção do Mar (2018), Cabo Verde um Roteiro Sentimental (2019). Naranjas en el Mar (Antologia poética bilingue, 2020), Contos Crepusculares-Metamorfoses (contos, 2020), Desassossegos & Acalantos Microcontos (2021), Vénus Crioula (romance, 2021), e Urdindo Palavras no Silêncio dos Dias (poesia 2022), O Colégio do Wesley (conto infantil, 2022), José Mãos Limpas e Outros contos (2023).

Tem variada colaboração em prosa e poesia em Jornais, revistas e tem participação em mais de centena obras coletivas nacionais e internacionais. A sua obra tem sido objeto de estudos e teses de Mestrado e Doutoramento em Universidades nacionais e estrangeiras. Tem sido conferencista a nível nacional e internacional (África, Europa, América e Ásia) sobre temas ligados aos Direitos Humanos, Mulher, Cultura e Literatura.

Recentemente tem sido eleita patrona de algumas iniciativas literárias, nomeadamente Biblioteca Dra. Vera Duarte, na ilha do Sal, Livraria Café Vera Duarte, no Centro Cultural Amigos dos livros, na Praia, ilha de Santiago, concurso poético/literário Praia Vera Duarte.

A escrita tem-lhe permitido fazer a catarse das frustrações, das alegrias, dos sentimentos e das emoções avançando no processo do autoconhecimento e autoestima e das formas de o transformar o mundo a favor da mulher.

Defende que foi fundamentalmente através da palavra escrita que a mulher cabo-verdiana, à semelhança de outras mulheres, das mais diversas latitudes, conseguiu superar a sua posição tradicional de “ser inferior” que a história sempre lhe reservou. Embora a batalha pela emancipação da mulher tenha tido e continue tendo várias outras frentes, mas a frente da escrita parece-lhe ser das mais fundamentais.

Foi considerada pela estudiosa brasileira da literatura cabo-verdiana Professora Simone Caputo Gomes como uma escritora canônica cabo-verdiana com a obra poética Amanhã Amadrugada.

Goza de boa fortuna crítica e tem poemas traduzidos para Espanhol, Francês, Inglês, Sueco, Árabe, Holandês e Alemão.

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