A Document tem o prazer de apresentar Peintures (Pinturas), uma exposição de obras recentes do célebre artista francês Claude Viallat. Com inauguração a 8 de novembro, esta exposição marca a primeira apresentação individual de Viallat em Portugal.

Nascido em 1936 em Nîmes, França, onde ainda vive e trabalha, Claude Viallat é uma figura fundamental do movimento Supports/Surfaces (Suportes/Superfícies) que surgiu no sul de França no final da década de 1960 e na década de 1970. Viallat envolve-se numa filosofia pós-estruturalista ao tratar as molduras, os têxteis e os pigmentos como sendo os seus próprios objetos de investigação. Cria objetos e instalações paradoxalmente austeras, mas exuberantes, que reformulam os materiais tradicionais da pintura, completamente livres de compromissos estéticos. Por exemplo, utiliza frequentemente fragmentos de tendas como suporte e lençóis como superfície.

Ao longo da sua carreira de seis décadas, Viallat tem revisitado e reproduzido continuamente uma forma distinta, ambígua, semelhante a uma ameba, que se tornou na imagem de marca e na assinatura do artista. Este tema recorrente surge em todos os tipos de superfície no seu trabalho, incluindo tapetes, tendas, cortinas e outros tecidos avulsos, repetindo-se infinitamente, criando, porém, sempre algo novo.

Para a sua exposição na Document Lisboa, Viallat apresenta pinturas recentes sobre tecido, cartão e papel. Recolhendo, cortando, juntando e pintando sobre tecidos de diversos padrões, cores e texturas, o artista exerce uma liberdade singular que desafia as convenções da superfície pintada, transformando materiais do quotidiano em obras de beleza abstrata.

Claude Viallat (nascido em 1936, Nîmes, França) estudou na Escola de Belas Artes de Montpellier de 1955 a 1959 e, mais tarde, na Escola de Belas Artes de Paris, sob a orientação de Raymond Legueult. A obra de Viallat foi apresentada no Centro Pompidou, em 1982, e na Bienal de Veneza, em 1988, obtendo reconhecimento internacional. Paralelamente à sua prática artística, Viallat teve uma carreira docente distinta em escolas de arte por toda a França, incluindo Nice, Limoges, Marselha, Nîmes — onde foi diretor — e na Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris. Claude Viallat está representado nas coleções de grandes instituições em França e no estrangeiro, incluindo o Centro Pompidou, em Paris; o MAMAC — Museu de Arte Moderna e de Arte Contemporânea, em Nice, França; o Carré d’Art, em Nîmes, França; o Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, NY; o Museu de Arte de Filadélfia, PA; o Museu Nacional de Arte, em Osaca, Japão; e o SMAK — Museu Municipal de Arte Contemporânea, em Ghent, Bélgica.