Meditar não é o mesmo que refletir, é o esvaziar da mente com a invasão pacifica da alma quando esta transbordar de amor.
Reza a lenda que o ser humano é aquilo que espalha e não o que acumula, correto? Mas, todos reconhecemos que também existem as conquistas que não bradamos, aquelas que deixamos em OFF, sabe?
São vexatórias e não nos trazem orgulho, não nos alegra a alma e muito pelo contrário, elas alimentam o egoísmo, são pesadas, não acalentam o coração e muitas vezes nos martirizam a mente, são como a famosa vitória de Pirro, você ganha a guerra, mas a compensação por isso é amarga, solitária e triste. Compreende?
Isto porque há conquistas que nos enrubescem, nos constrangem e nos envergonham, tal qual os diplomas vazios de conhecimento, as relações que nos despojam de nós mesmos ou as partidas conquistadas com batotas. Esse tipo de vitória não alegra os honestos de coração, não enriquece a alma do ser humano e em nada dará satisfação.
Bem
Ao examinarmos mais profundamente as interações humanas com uma lente amplificada e imaculada, poderemos notar que os deslizes que cometemos contra nós mesmos em busca de aplausos são efêmeros.
Perceberemos com uma clareza irritante que a nossa necessidade imatura por atenção e as nossas carências são na verdade uma atitude irreverente do ser para com a sua essência.
Nessa turbulência, buscamos ainda que inconscientemente a paz e o centro do nosso ser, neste momento se percebe que a meditação pode ser nossa bússola e pode nos mostrar o caminho de volta, dissipando as dúvidas sobre nosso bem-estar.
Meditar é escutar a si…
Não carecemos de medicamentos ou tratamentos exaustivos para encontrar as respostas para nossas dores. Basta fechar os olhos, aquietar o corpo e direcionar a sua atenção para o seu interior.
Tente
Sente-se, feche os olhos e simplesmente acompanhe a jornada interna na cadência da respiração. Sinta o ar entrar e sair e concentre-se neste movimento, perceba a temperatura, as sensações na pontinha do nariz, observe-se, liberte-se. Vamos lá!
Aprecie a sua presença, brinde com a sua existência e permita que o seu ser dance deliciosamente dentro da sua mente, tão etéreo quanto uma pluma ao vento.
Venha, sinta a leveza de ter, amar e ser. Desperte e assegure sua paz…
A meditação é a vereda segura para os que rejeitam futilidades mundanas. Ela é a porta para a comunhão sublime consigo mesmo, o encontro imortal da sua alma com o seu corpo.
Meditar não é buscar a passividade, tampouco é acatar os outros. Na verdade, é aceitar a si mesmo. Meditar é reconhecer as suas falhas e a humanidade diante do Universo.
Meditar é observar a inquietação interna, é acompanhar o seu movimento, focando no autocontrole para que nenhum demônio possa se apossar de si, meditar é manter a alma límpida, o coração amoroso, inabalável e puro, mesmo acompanhada de vampiros no lamaçal humano.
É ser totalmente mestre de si. Não é apenas uma mera reflexão; quem medita não se deixa poluir pelo caos alheio, o meditador é como um espelho, ele reflete a imagem do outro, mas não absorve a sua essência, portanto meditar também é arte de manter a sua essência com tranquilidade e sem imposição.
O meditador não se vangloria, não discute trivialidades, não disputa e não faz contendas. Ele é pacifico e sabe que as maiores crueldades são cometidas por pessoas que se creem superiores.
O meditador evita se envolver nas diversas batalhas da lógica, porque já compreendeu que a mente humana só avança quando podemos ver um caminho e, portanto, na ausência desta percepção não tem porque haver discussão.
Quem medita, descobre as respostas internamente e silenciosamente em vez de buscá-las no conturbado e barulhento mundo exterior.
A postura do meditador é de respeito, ele não persuadirá os outros a aceitarem o que ainda não é evidente para todos.
Essa habilidade de permitir que os outros sigam seus próprios caminhos é desenvolvida ao longo de um extenso período de prática tranquila, por isso tenha paciência consigo.
Por ora, deixemos o Sol adentrar e brilhar…
Que o pranava ommmmm nos guie todos os dias!
Com gratidão e amor.