A mente que não se silencia, fica presa num turbilhão, acha que tudo sabe e nada ouve, na verdade, ela não aprende! Não evolui, é aborrecida e vive na decoreba.

Você sabia que existe uma diferença gritante entre o acumular informações e o aprender?

Pois, a nossa mente tem por hábito acumular informações, mas isso é bem diferente de aprender. Calma, que o lance aqui é descomplicar, não apavore.

Respira e relaxe! Toma um cafezinho e vem comigo…

Nós estamos acostumados a ter muitas autoridades para termos conhecimento, quanto mais assuntos você souber, melhor, entretanto, já é sabido que para haver um aprendizado a mente necessita de estado de não-mente.

Não convém ter em mente essa crença maluca de que podemos saber de algo sem prestar atenção, sem discernimento, repetir o que outra pessoa manda não ensina ninguém a aprender. Quem aprende por repetição, é papagaio.

Para aprendermos alguma coisa ou melhor, para aprendermos qualquer coisa, precisamos antes de mais nada calçar as sandálias da humildade e só depois disso devemos entender que o nosso pensamento pode ter sido colocado por uma autoridade.

Que autoridades, Dan? As autoridades dos livros, das religiões, da política, do seu país, da televisão que você assiste e etc… São muitos os meios externos que a nossa mente arruma para acumular informações que não agregam nada ou que pouco agregam. Se liga!

Geralmente aprendemos por instruções e essas instruções, são passadas por um instrutor, elas ficam armazenadas na memória e nós as usamos quando nos é exigido, correto? Aprendemos como agir, como fazer e quando fazer e também nos é dito como pensar, mas normalmente não aprendemos a discernir as coisas de maneira esclarecedora, os porquês são proibidos e tem sempre aquela máxima, “Eu sei o que digo”, a você só caberá repetir a mesma coisa quando for a sua vez de instruir. Se liga de novo!

O homem que está carregado de conhecimentos, de instrução, que está curvado sob o peso das coisas que aprendeu, nunca é livre. Poderá ser um homem altamente erudito, mas sua acumulação de conhecimentos o impede de ser livre, e, por conseguinte, ele é incapaz de aprender.

(Jiddu-Krishnamurti)

Normalmente somos instruídos por uma ou várias autoridades “inquestionáveis”. A autoridade de quem ensina deve ser absorvida e não questionada. A autoridade do professor, do cientista ou do médico, porque estudaram. A autoridade do padre, do pastor, do monge ou do líder espiritual, porque foi um Deus ou vários Deuses que o escolheram.

Enfim… As autoridades são o acúmulo de informações mentais e esse amontoado de informações atrapalham a aprendizagem e retarda o crescimento. É preciso ter liberdade para perguntar, só assim a nossa mente aprende de verdade, ter liberdade de questionar para que haja aquele brilho nos olhos e aquela emoção vibrante de quando a sua mente diz, “Eu entendi, uhullll”.

Ouvir! Tem que silenciar, temos que ter atenção ao ouvir, assim a mente concebe o ensinamento, é aqui que a maioria de nós faltamos com o nosso sistema cognitivo e deixamos o aprender, é neste momento que a gente opta pela decoreba.

A mente está acostumada a problematizar as coisas sem compreender, mas pensa bem, se não será isso a razão dela ter problemas, hã??? Genteee!!! É por não compreender que a mente problematiza. Se ela é ignorante, ela não problematiza e se ela já aprendeu ou se ela pensa que já sabe tudo, também, não!

Richard Blander (criador da PNL), diz que “a confusão é começo da compreensão”, segundo ele a mente quando está num estado de confusão, percebe um pouco ou quase nada do todo. Neste estágio, ela já concebe alguma coisa, é diferente da mente que não percebe nada.

Precisamos ter muito amor para com a nossa mente, a primeira coisa a se fazer é esvaziar-se e a segunda é ouvir, entretanto este ouvir deve ocorrer sem pré-julgamento. A atenção deve ser plena naquilo que se ouve. Quando ouvimos com atenção, não procuramos ver se o que a pessoa diz vai ao encontro com as nossas verdades, apenas ouvimos encantados.

Quando ouvimos com a atenção plena, nossa mente se interessa pelo assunto e se prende, quando é dirigida temos que nos esforçar. Portanto, quando eu digo que devemos ouvir, quero dizer que devemos ter plena atenção. Devemos desligar de qualquer outra coisa, seja exteriormente ou interiormente. Ouvir é ter atenção naquele que fala!

Você sabe a diferença entre atenção plena e atenção dirigida? Vamos elucidar um pouco mais as coisas…

Você está numa conversa descontraída e agradável com uma amiga numa cafeteria, quando der repente algumas pessoas se sentam à mesa ao lado, neste momento é possível perceber a diferença entre a mente tumultuada e a mente tranquila, as duas vão observar o movimento, mas a mente tumultuada vai tentar captar as duas conversas, é que ela tem dificuldade de aprender, mas gosta de acumular.

Quem acumula não aprende, perde muitos momentos felizes e sempre se diz incompreendido.

(Dan Dronacharya)

A atenção da mente acumulativa vai pra lá mesmo sem querer, ela precisa de muita concentração para ter atenção na conversa que ela supostamente estaria participando, é por isso que quando as pessoas saem das conversas elas nunca sabem o que conversaram.

Dê atenção plena a tudo que puder, a sua mente aprenderá coisas surpreendentes a todo o momento. Experimenta e depois volte aqui para partilhar comigo, assim a nossa vibração melhora e aumenta.

Gratidão, OM! Dan Dronacharya.