A dança tem sido uma força transformadora para mim, não apenas como uma forma de arte, mas como uma ferramenta profunda de cura. Minha jornada na dança começou em meio ao tumulto de uma família disfuncional. Diante de realidades duras e estratégias de sobrevivência, encontrei conforto no movimento. A dança tornou-se meu refúgio, meu santuário, e, eventualmente, meu caminho para entender as causas raízes do sofrimento emocional e porque as pessoas lutam para se curar.
À medida que continuei a dançar, fui movida por um desejo ardente de encontrar respostas. Essa busca me transformou em uma buscadora e, eventualmente, em uma treinadora dedicada a ajudar outras pessoas a encontrar seus caminhos de cura. A espiritualidade, particularmente meu entendimento do livro “Um Curso em Milagres”, desempenhou um papel crucial nessa transformação. Este texto espiritual me ensinou a separar meu ego da mente divina, e descobri que a dança era uma ferramenta poderosa para facilitar essa separação. Como o livro afirma, “Milagres são naturais. Quando eles não ocorrem, algo deu errado.”
Minha jornada não foi fácil, e eu não finjo ter todas as respostas. Mas hoje, me sinto orgulhosa, sabendo que tenho sido uma luz orientadora para muitos em suas jornadas de cura. A dança, minha companheira em todos esses momentos, não só me curou, mas também me transformou em um farol de esperança.
A dança possui um mistério único, porque se alinha perfeitamente com as leis universais do movimento e do ritmo. Tudo no universo está em estado de movimento, regido por leis como nascimento e morte, escuridão e luz, noite e dia, dor e prazer. Quando danço, totalmente presente em meu corpo, sinto uma conexão profunda com essas leis divinas. Por exemplo, o simples ato de girar em círculos me ajudou a liberar sentimentos de confusão e encontrar clareza. Não se trata da perfeição dos meus movimentos, mas da conexão que ocorre, já que as emoções acontecem no corpo e formam uma só totalidade entre meu corpo e minhas emoções. Através da dança, trago à tona minha confusão, dor, dúvidas e medos, permitindo que eles se expressem e, finalmente, se transformem.
Esta forma de expressão é uma maneira mágica de lidar com os desafios da vida e crescer como indivíduo. A dança abre um campo de potências e possibilidades, nos guiando em direção à luz. Mas é importante reconhecer que podem haver desafios ao longo do caminho. Por exemplo, você pode se sentir constrangido com suas habilidades de dança ou pode ter dificuldade em encontrar tempo ou espaço para dançar. Mas, apesar desses desafios, a dança ainda pode ser uma ferramenta poderosa para a cura. Embora não possamos nos curar completamente, podemos sempre melhorar e nos aproximar de um estado de paz.
Em minha experiência como facilitadora, testemunhei inúmeras pessoas descobrirem insights profundos sobre si mesmas através da dança. Uma de minhas alunas, uma mulher de meia- idade lutando com o luto, descobriu que dançar permitiu-lhe confrontar e liberar um luto mantido por muito tempo por um ente querido perdido. Outro, um jovem enfrentando problemas de autoestima, descobriu uma nova confiança que se espalhou para outras áreas de sua vida, melhorando seus relacionamentos e carreira. Essas transformações são testemunhos do poder da dança como prática de cura e demonstram que a dança pode beneficiar todos os indivíduos.
Não subestimemos o poder da dança como uma experiência comunitária. Participar de uma aula ou grupo de dança oferece um senso de pertencimento e apoio que é verdadeiramente inestimável. A experiência compartilhada do movimento pode quebrar barreiras, fomentar conexões e criar um ambiente de apoio onde a cura pode florescer. É um espaço onde as pessoas podem expressar seus verdadeiros EUS sem medo de julgamento, e essa permissão é incrivelmente libertadora.
A dança também oferece uma maneira única de integrar mente, corpo e espírito. Quando nos movemos com intenção e consciência, acessamos uma compreensão mais profunda de nós mesmos. Esta abordagem holística de cura reconhece que nosso bem-estar físico, emocional e espiritual estão interconectados. Ao honrar essa conexão, podemos alcançar mais equilíbrio de harmonia.
Lembre-se, a dança não é um destino; é uma jornada contínua. Assim como a vida é um processo contínuo de crescimento e mudança, assim também é a nossa relação com a dança. Cada passo, cada movimento, nos aproxima de nossos verdadeiros eus e das leis divinas que governam o universo. É uma prática vitalícia que evolui conosco, oferecendo novos insights e oportunidades de cura ao longo do caminho. Esta jornada contínua na dança nos mantém engajados e intrigados, sempre oferecendo novas possibilidades de crescimento e autodescoberta.
Em minha jornada, compreendi que podemos criar o céu ou o inferno em qualquer momento, reconhecendo nossas escolhas e pensamentos. Sentir-se vazio muitas vezes decorre de não conhecer nossa conexão com o divino. Práticas de corporalização, meditação e outras artes de cura me mostraram muitos espaços ou muitas emoções dentro de mim e as possibilidades de me libertar da culpa, vergonha e medo. O céu é sobre escolher ver as coisas de forma diferente, aprender a fortalecer nossos músculos espirituais e permitir que milagres entrem em nossas vidas. Todas as boas escolhas estão disponíveis para nós, e eu rezo para que mais pessoas tenham acesso a essa sabedoria.
A presença é mais do que uma arte; é um método profundo de integrar todos os aspectos do nosso ser: espírito, alma, mente e corpo. Ao abraçar este movimento, podemos deixar nossos corpos esteio, aproveitando sua energia que é mais forte do que os pensamentos que nos enfraquecem. A dança ensina presença e nos aproxima de nossas almas, ajudando-nos a ser autênticos.
Através da dança, aprendemos o vocabulário profundo do corpo, guiados pela nossa intuição. Movemo-nos com o coração e permanecemos aterrados, e esta abordagem holística transforma nossas vidas. É essa integração que mudou minha vida e continua a me guiar em minha jornada. A corporalização mais do que uma arte; é um estilo de vida — um novo código de viver.
A dança a que me refiro é a maestria sobre linguagem do corpo, e eu a complemento com outros dois pilares: a linguagem da energia e a linguagem da alma. Saber que você pode acessar toda a sabedoria dentro de si mesmo é a maior libertação. Isso não acontece da noite para o dia. Não se trata apenas de dança consciente; trata-se de corporalizar uma nova presença. Compreender a importância do nosso poder pessoal e quando entregamos essa autoridade a outros, assim nos sentimos fracos.
Este novo código tem uma linguagem a ser aprendida, uma ordem a ser seguida e uma grande vida a ser vivida. Ao abraçar este movimento, podemos deixar nossos corpos nos apoiarem, aproveitando uma energia mais forte do que os pensamentos que nos enfraquecem. A dança nos aproxima de nossas almas, ajudando-nos a ser autênticos. Através da dança, aprendemos o vocabulário profundo do corpo, guiados pela nossa intuição. Movemo-nos com o coração e permanecemos aterrados, e esta abordagem holística transforma nossas vidas. É essa integração que mudou minha vida e continua a me guiar em minha jornada.
Caso você se sinta desconectado do seu corpo, sem amor-próprio, sempre cansado, preso em padrões negativos, julgador ou confuso, esta é minha visão: seu corpo é seu templo, e sua energia vital é primordial. O fluxo é foco. Entre nos novos códigos de viver. Crie espaço para a alegria, o poder e o amor.
Então, deixe a música te guiar, ouça seu corpo e abrace esta jornada transformadora. A dança da vida está esperando por você oferecendo um caminho em direção a uma existência mais brilhante e harmoniosa.
Agora vou te explicar um pouco mais. A palavra dança aparece nesse texto diversas vezes; eu vim da dança. Mas houve um momento claro na minha vida em que escolhi deixar o palco e uma carreira de sucesso para me dedicar aos movimentos como forma de aproximar as pessoas delas mesmas. Se seu corpo é um templo, como não saber habitá-lo? Sim, parece incrível, mas a maioria das pessoas não se sente confortável na própria pele, carregam muitas travas e não sabem como descarregar essas dores.
Foi me aproximando das pessoas que compreendi que posso ajudá-las a se mover, cair e se recuperar, a acreditar nelas de novo e a aliviar inseguranças. Não se sinta preso à palavra dança ou à imagem de corpos perfeitos.
Entre mover e meditar, eu mostro muitos caminhos para compreender a mente e como se tornar mais fluido.
Lembra que falei dos pilares? Já imaginou expandir o vocabulário do seu corpo para adquirir mais clareza? Como assim? Você percebe seu corpo contrair ao estar com pessoas que não te deixam se sentir seguro? Já imaginou que o despertar da consciência vai refletir no seu modo de falar, agir e se mover?
Existem indivíduos que, ao adentrar um ambiente, emanam uma aura cativante e serena. Pode ter certeza de que essas pessoas transmutaram suas dores, dominaram o ego e passaram a manifestar amor em todas as suas ações. Isso é a verdadeira maestria da linguagem corporal e emocional. Entrar em uma sala de reuniões e exibir autoridade, foco, estabelecer limites claros e não permitir exploração é uma linguagem primordial para alcançar o sucesso.
Na linguagem da alma, aprendemos a escutar nossa intuição, ouvir o coração e ativar campos divinos. Ativando e integrando essa consciência, você vai se sentir pleno de propósito, irradiando beleza e coragem.
Concluindo, ao explorar a conexão profunda entre corpo, mente e alma, podemos desbloquear um potencial imenso para transformar nossas vidas e o ambiente ao nosso redor. Ao dominar a linguagem do movimento e da consciência, não só aprimoramos nosso bem- estar pessoal, mas também influenciamos positivamente as pessoas à nossa volta. Este é o caminho para uma existência mais plena, harmoniosa e realizada.