Alterações psíquicas são mais comuns do que esperamos, aqui iremos permear alguns deles, então pegue sua xícara de café e vamos lá.

Transtorno de Personalidade Narcisista – Essência: Sentir-se superior a tudo e a todos, não somente no aspecto físico e intelectual, se dando valores muito acima do que tem, pois precisa de aplausos.

Fala sobre si mesmo, precisando que o outro seja seu fã, que o aplauda, que seja um espectador e que ache sua história linda, fantástica, única e maravilhosa. Costuma falar de muitas coisas, desde que seja dele, pois lembre-se que a outra pessoa deve ser um espectador e que o aplauda.

Difícil ter um papo com narcisos, pois eles são perfeitos, se acham maravilhosos e acreditam cegamente que Deus quando o criou, levou um pouco mais de tempo para deixá-lo perfeito! É uma obra prima, comparado a criação de um artista muito mais elevado como Michelangelo, Leonardo da Vinci, afinal ele é referência do que é bom, maravilhoso e perfeito.

Falta humildade básica, ele é um privilegiado, não acha problema algum a outra pessoa pagar as coisas para ele, pelo contrário, acha que é uma obrigação da outra pessoa para tê-lo ao seu lado, por ele ser interessante, bonito e então será justo a pessoa pagar por isso. Relacionar-se com um narcisista é relacionar-se com um vazio, pois ele é o centro das atenções, não vai te ouvir.

O narcisista realmente acha que as pessoas devem a ele todo tipo de paparico, privilégio e se acha merecedor de toda atenção do mundo.

Diferente de um Transtorno de Personalidade Borderline, onde sua essência é querer não ser rejeitado, quer um amor a todo custo, quer um amor para ser chamado de seu, não tem identidade, se acha uma pessoa muito inferior, busca sua identidade no outro, é um dependente afetivo de uma outra pessoa, justamente por não ter identidade, “está no outro”, diferentemente do narcisista, pois a identidade “está nele” ou “centrado nele”.

O borderline que atrai o narcisista está dentro de uma relação tóxica, pois o narcisista vai querer que o borderline o esteja aplaudindo o tempo todo, dizendo o quanto ele é bom e maravilhoso, pois o borderline se submete a isso para ter esse amor a qualquer custo. Assim podemos entender que o tamanho da frieza e das atitudes pode definir o narcisista e diferenciá-lo de um psicopata, onde ele cai na perversidade, pois sabe que ele é um predador.

O narcisista tem a necessidade de ser o centro das atenções, idolatrado e acaba construindo uma visão de ser grandioso, não vê que precisa aprender mais, não tem necessidade de aprender ou trocar informações, não quer pessoas que te dê conteúdo ou gargalhadas, pois a outra pessoa tem que satisfazê-lo a todo o tempo, e de preferência pagar por isso.

Pode ser uma disfuncionalidade de autopercepção, até porque sente muita inveja, não tolerando que o outro tenha algo melhor que ele, ou que se destaque, predominando a arrogância de uma pessoa que não tem humildade de aprendizado, pois podemos aprender até com uma pessoa muito simples e humilde, afinal, sente-se incomodada com o sucesso dos outros.

Entende-se que para os transtornos de personalidades não há uma medicação, pois é um jeito de “ser e de ver”. Todos os transtornos de personalidades são difíceis de se tratar, pois requer que uma pessoa mude um padrão e ela precisa querer muito isso e quando falamos de querer mudar, identifica-se que o psicopata não vai querer isso, pois tem prazer com isso, muito diferente de todo o restante, pois é aquela pessoa que nasce com o sistema límbico desconectado – não tem emoção, empatia, sentimento de culpa, o outro não representa nada para ele. É um objeto de uso para ter status, prazer, diversão e claro, se puder juntar tudo isso, melhor ainda.

O Transtorno de Personalidade Antissocial (Psicopata) é a incapacidade de amar, pensar que quem não é um psicopata é uma pessoa medíocre, burra, e cheio de mimimi. Quando vê uma pessoa chorar com um filme romântico, o nascimento do filho, a formatura de um filho, ou situação similar, ele diz: “que palhaçada”, pois ele não detém esse sentimento por mãe, por pai, por filhos e outras pessoas. Em geral montam uma família para ter um álibi social para galgar estruturas sociais mais sofisticadas, como por exemplo: presidentes de empresas, lideranças, pastores, médicos e juízes dentre muitos outros, pois não é porque exercem essas funções que são bonzinhos e isso é disseminado para todas as esferas (entenda que é somente um modo de exemplificar).

Podemos definir de forma geral o Transtorno de Personalidade Antissocial (psicopata) em:

Leve: como exemplo temos o estelionatário que dá golpes, desempenha uma história triste para conseguir seu intuito, mas ainda não tem um pensamento de matar, somente quer tirar vantagem da situação e sentem-se bem com isso, pois o fato de passar a perna em uma negociação, enganar uma velhinha, dar um golpe num idiota e ser superesperto, faz parte dessa modalidade, pois ele se divertiu com as situações e esta feliz por ser super esperto e isso é poder.

Moderado: como exemplo podemos colocar cargos políticos ou de poder, onde ele quer mais que somente ser o leve, quer o poder e uma coisa mais grandiosa, mas não quer sujar a mãos, quer fazer a moderação, pois quando quer prejudicar ou matar um inimigo, ele estará numa festa com cobertura da imprensa, na igreja em uma missa, num culto, em reunião com exposição para dizer que não tem nada com isso, mas é o mandante, articulador e não suja as mãos.

Grave: é aquele que mata, aquele que para obter diversão, poder e status, precisa fazer uma coisa muito grandiosa. Quer o poder, quer que a pessoa implore por sua vida, fazer o outro sofrer, determinar a hora que aquela pessoa vai morrer e sentir prazer com isso. Mais grave: aquele que mata ritualizado - Serial Killer.

Importante ressaltar que o sistema límbico tem um grau de desconexão e quanto maior esse grau de desconexão, maior a perversidade e desapego.

Outra informação importante é que um psicopata leve pode passar moderado, moderado para grave e grave para muito grave, mais o contrário como grave para moderado e moderado para leve, não ocorrerá e que os transtornos de personalidades tendem com a idade, apresentar não uma melhora, mas tendem a diminuir o poder de fazer a maldade e perder a potência de executar suas maldades pelo envelhecimento natural do indivíduo.

O tratamento de transtorno de personalidade é a psicoterapia (borderline, histriônico e narcisismo) e muita vontade de mudar.

Em relação aos aspectos culturais, sociais e jurídicos, podemos entender que os psicopatas existem no mundo inteiro e não tem tratamento, pois não tem vontade de mudar.

Em síntese:

Transtorno de Personalidade Narcisista: Sente-se superior a tudo e a todos, deve estar nos holofotes, pois precisa de aplausos.

Transtorno de personalidade borderline: necessidade extrema de outra pessoa, temem ser rejeitadas e abandonadas e não toleram estar sozinhas, precisa de um amor para chamar de seu.

Transtorno de Personalidade Histriônico: usa sua aparência física agindo de forma sedutora ou provocadora, sem senso de autodireção e são altamente sugestionáveis, precisam ser dramáticos, contar como sofreram e seduzir a outra pessoa, são sedutores para a conquista, busca de atenção e excessivas expressões de emocionalidade. Transtorno de Personalidade Antissocial (Psicopatia): não sentem amor, compaixão, remorso ou culpa, sentindo prazer na dor do outro.