Novamente trazemos o luso-holandês que viveu no Brasil ao palco, o Jan van Bat - uma genética curiosa relembremos pois, holandeses e portugueses eram antagonistas na era dos descobrimentos coloniais e das suas Companhias Orientais de Comércio das Índias. Os espanhóis também tiveram um grande poder sobre os Países Baixos, em determinada época da sua ocupação. Bem, típicos conflitos 'genéticos' digamos assim…
Os holandeses também foram grandes comerciantes do futebol, tendo lançado e apresentado ao mercado mundial recente, grandes craques da América Latina. Seus clubes de Eindhoven, Rotterdam e Amsterdam para citar os mais conhecidos, também foram peças da famosa equipa, o carrossel holandês de 1978 na Copa da Argentina, criando um sistema técnico multi operacional dos seus atletas. Esta forma de pensar sócio-economicamente suas vantagens e desvantagens, deu um grande destaque desenvolvimentista e de vanguarda para aquela nação, que talvez na sua maior batalha, conseguiu fechar o mar com seus diques e pontes, enxugando parcialmente o território, também com os canais. Por isso, tão Baixos quanto além do nível do mar. Obviamente que a Veneza holandesa tem origem aí, neste pensamento social religioso, seja ele católico ou luterano - para não esquecermos nossos outros temas transversais - que o antigo Império Romano da Itália e do Vaticano, ao ocidente presenteou. Também sem dúvidas, nos mapas que os Papas entregaram a estes navegadores, e aos Ibéricos também, depois da fronteira eurasiática ser fechada ao Marco Polo.
E como o futebol entra nesta nossa histórica Torre de Babel, senão como a religião moderna que, confraterniza, unifica e até suspende guerras, como o histórico Rei Pelé e seu time, uma vez o fez? Podemos dar diversos exemplos, desde a última Copa Russa, até a outra mista Koreano-Japonesa…
Pois bem, se os países e sociedades privadas escolhessem seus melhores atores para representá-los operativamente, como se fossem embaixadores, cônsules ou presidentes e primeiros ministros, talvez a régua niveladora, que virou jargão e termo esportivo-jornalístico do antigo Pais do Futebol, ajudava. Cada qual na sua posição, fazendo o que mais sabe e sempre treinou ou, que simplesmente foi presenteado com o Dom, não estariam a corrigir erros infantis e reinventar rodas, regras que superadas secularmente, as novas gerações assombradas descobrem tardiamente, porque não leram. E quando afinal viram ou deram-se conta, estavam além do 'Maduro'. Dizem-os os espanhóis, 'infantiles'...e os portugueses assim, corroboram. Pois o exemplo moderno e atualizado vem do país do Football, daquela bola oval que se usa com as mãos mas, que a este chamam soccer! Um administrador-economista norte-americano, religioso, compra e assume o glorioso tradicional do futebol brasileiro, desde 1910, reunindo a prática da gestão moderna e finanças internacionais, para produzir uma equipa profissional lucrativa, com a maximização do retorno pelo menor investimento necessário, cuja capacidade e inteligência técnica minimizará o risco! Técnica pura! E básica…nada infantil.
Este Senhor, Mr. John Textor, aprendeu e entendeu o futebol mundial a partir da sua experiência e investimentos, nos fundadores da sua terra natal, França e Inglaterra. Para então vislumbrar uma oportunidade imensa, no maior país do futebol religioso, o Brasil. Com técnicas administrativas de gestão produtiva, meritocráticas e estatísticas, driblou a todos: desde adversários, à companheiros. Como numa bolsa de valores, conseguiu captar jogadores subutilizados, com valorizações aquém das capacidades reais e do mercado internacional. Equilibrou o risco e o custo da oportunidade e maximizou o retorno do investimento. Mister Técnicos, também. Valorizou a todos! Antes da metade do campeonato, apenas usando metade do tempo e metade do investimento, já garantiu talvez uma conquista do campeonato anual e inclusive, o retorno recorrente financeiro de longo prazo. Numa entrevista emocionante, com tradução simultânea - disse ele que entende o português mas, não fala, o que não deixa de ser uma ótima outra estratégia do comércio internacional, digam-nos os holandeses - lembrou da sua igreja e fé. Percebeu que num país religioso, este valor também importa às massas, e nações.
Como um Comandante do Galeão medieval português invencível, conhecido por Botafogo, veio também agora da Nova Amsterdam, que fundada junto aos índios na América do Norte, refaz o caminho inverso dos Oranjes de Nassau e Peter Stuyvesant, nas 'águas internacionais', da Aldeia Global. Deu grande exemplo na otimização do lucro, pelo menor custo de oportunidade, vislumbrado com olhar visionário de reconhecimento, básico e profundo, aglutinado num só cérebro, mas rodeado e cercado de vários outros cérebros auxiliares e de fé, que por hipnose científica e emocional, faz embaixada diplomática moderna nesta nova Babel. E que este exemplo, que já é sucesso independentemente do Troféu, sirva de justificativa para não mais se confundir alhos com bugalhos, nem advogados com administradores, nem jogadores com torcedores, nem padres com fiéis, nem gestores com economistas, nem professores de verdade, com alunos! Portanto, que cada macaco, no seu galho…comportem-se como tais.
(Julho/2023)