Eu realmente pensei que não viveria pra ver isso. Quando jovem nas rodas de amigos nós falávamos de robôs, de androides, de carros que conduzem sozinhos sem a necessidade de um piloto, nós pensávamos que isso seria coisa para nossos netos ou até mesmo bisnetos. Entretanto, essa era chegou. E junto com ela, o possível e provável fim da raça humana, que dará lugar a uma nova raça de seres tecnológicos.
Em abril deste ano o CEO da Google anunciou que “nem mesmo eles conseguem compreender totalmente o que criaram”. Em uma entrevista para o programa 60 Minutes Sundar Pichai revela que a inteligência artificial criada pela Google executa funções qual não foi programada para executar. Você pode conferir melhor e mais detalhadamente a matéria através do site da CBS News ou também pela Fox News. E quando perguntado pelo jornalista Scott Pelley sobre os perigos de criar algo assim, onde o próprio criador não compreende o que criou, o belíssimo argumento utilizado por Pichai é que: “nós também não compreendemos totalmente como funciona a mente e o cérebro humano, assim que é normal não compreendermos a inteligência artificial”.
Eu creio que Pichai e todas as pessoas que trabalham junto com ele, assim como os seguidores das suas ideologias, não assistiram um suficiente numero de filmes como os da franquia Terminator, Eu Robô, Blade Runner ou Tron, para saber aonde isso que estão criando vai nos levar. Mas faz parte. Tudo que tem um inicio também tem um fim. E a antiga civilização Maia já ensinava que no início dos tempos a Terra era habitada pelo homem de madeira, e depois veio a geração do homem de barro. A nossa geração veio depois do homem de barro, e somos o homem de milho (carbono). E que depois do homem de milho viria o homem de lata. E assim como os Maias conseguiram descrever constelações invisíveis ao olho nu, sem utilização de lunetas ou telescópios, eles também conseguiram prever o futuro qual estávamos destinados a viver.
E aqui surge a ironia, onde, uma civilização que nunca possuiu nenhuma tecnologia de última geração possuía mais conhecimentos do que os cientistas atuais com toda sua parafernália inventada sob o pretexto de evolução da humanidade, quando a verdade nada mais é do que a busca por aquilo que o homem atual pensa ser a razão de sua vida: dinheiro. E fazendo valer a celebre frase dita por Avi Loeb, professor da universidade de Harvard, onde ele afirma que “está buscando por vida inteligente em outros planetas porque já desistiu de encontrar aqui na Terra”.
Nosso planeta tem tantos problemas para serem resolvidos, doenças que ainda não encontramos a cura, fome e miséria, pessoas desabilitadas por acidentes ou deformidades de nascimento, deterioramento da camada de ozônio, aquecimento global. E ao invés de focarmos nestes problemas os cientistas de hoje estão mais preocupados em desenvolverem uma inteligência artificial, em colonizar Marte, construir foguetes ou inventar novos aplicativos. Ideias que servem para o desenvolvimento tecnológico do mundo, entretanto de nada servem para o nosso desenvolvimento quanto humanidade.
Com o surgimento da inteligência artificial em poucos anos muitas profissões de hoje serão extintas, e os empresários por detrás destas ideias estão alegando que isso faz parte do mundo em que vivemos e que as pessoas terão que se adaptar à nova era que está por vir. Entretanto, o futuro é nebuloso. E quando tudo isso for pelos ares, estes mesmos empresários e cientistas irão dizer a famosa e celebre frase qual sempre utilizam para justificar suas atrocidades: “nós não podíamos imaginar que isso iria acontecer”.
Por isso aproveite bem os seus dias. Desfrute do seu sorvete, do seu almoço em família, dos filmes que te fazem relaxar, porque o início do fim chegou, e os nossos dias como a civilização qual conhecemos hoje estão com contagem regressiva.