Nas últimas semanas o futebol brasileiro tem sido extremamente afetado pelo esquema envolvendo apostas esportivas e jogadores de futebol, que comprometem a integridade das competições e o afeto dos torcedores. Atletas concordaram em prejudicar seu desempenho em campo em troca de dinheiro, que eram fruto de apostas ilegais e contra o regulamento do esporte.
Com esse cenário muitos questionamentos são levantados, por exemplo, até onde de fato vai o respeito e honra do jogador que se compromete com o clube? Além da questão ética e moral, ao assinar um contrato e receber o apoio e carinho da torcida, fica a dúvida se o dinheiro realmente é tudo.
A Operação Penalidade Máxima II é a responsável pela investigação das manipulações dos jogos. De acordo com o levantamento da operação, os criminosos entraram em contato com jogadores de diferentes divisões (inclusive da elite do futebol) e ofereciam entre 50 mil a 100 mil reais a quem concordasse em interferir nos jogos, como receber cartões amarelos e cometer faltas.
Os clubes brasileiros estão colaborando nas investigações, até o momento nenhum atleta foi preso, mas já são 10 jogadores afastados de suas atividades por envolvimento na manipulação.
O grande medo é de até onde estão envolvidos os profissionais, a operação acredita que árbitros também possam ter se filiado aos esquemas das apostas. Essa situação apresenta grande dano ao futebol, a essência do esporte se perde. Ao jogador da base que joga por um sonho, ou o torcedor que ama e acompanha fielmente o seu time, se sente traído com esses acontecimentos.
O futebol é afetado de várias maneiras com essas ações antiéticas. Os clubes com atletas envolvidos perdem patrocinadores e investimentos, além de obterem uma mancha na história ao ter sua instituição mencionada nas investigações. A associação a esses esquemas é um grande dano à imagem do clube e os danos a longo prazo não se podem medir, mas estima-se que até as categorias de base podem ser afetadas, assim como o bom desempenho do elenco em partidas oficiais.
Os jogadores que aceitam as propostas ilegais decretam a decadência de suas carreiras, junto com a perda de toda credibilidade e confiança no cenário profissional. Acredita-se que sanções, multas e proibições de disputas profissionais por parte desses jogadores possam ser aplicadas até o fim do processo.
A preocupação quanto a manipulação e quem são os envolvidos é imensa, já que não se pode medir quantos campeonatos foram afetados pelas apostas ilegais e quando os esquemas começaram oficialmente.
Até o presente momento as autoridades do esporte não pretendem paralisar nenhuma das disputas vigentes, mas há uma grande investigação para minimizar os danos dessa prática. A infiltração de pessoas má intencionadas no futebol procurando lucro em cima de resultados alterados, mostram os verdadeiros inimigos do que verdadeiramente move o esporte, que é o talento e dedicação dos envolvidos. Além das medidas dos conselhos externos, haverá também as punições internas na responsabilidade dos presidentes e diretores por parte dos regulamentos de seus respectivos clubes.
A paixão nacional pesa no dia a dia dos brasileiros apaixonados pelo esporte. Por isso, a manipulação nos resultados e desempenho das partidas traem o torcedor que disponibiliza tempo, apoio e admiração ao futebol e seus envolvidos. Aos que acompanham de casa ou presencialmente em estádios fica a desilusão e decepção, pois o seu apoio não se vende.
Jogadores venderam sua fidelidade ao clube, venderam o respeito e admiração da torcida, os próprios prejudicaram times que abriram suas portas e lhes deram oportunidade, e prontamente prejudicaram diretamente suas carreiras.
As medidas para impedir essa interferência externa ainda não foram divulgadas, ao decorrer das investigações mais nomes atrelados ao processo aparecerão e responderão na justiça. Mas por agora, torcemos para que o futebol respire de maneira honesta.