Em Londres, no ano de 1855, um orador dava uma conferência sobre a catedral de Notre-Dame em Paris. Tendo já a possibilidade de apresentar à sua audiência fotografias da escultura que encima o portal ocidental, o orador sugere que a imagem é tão verdadeira que pode bem ser «a própria impressão do objeto». A ideia de que o objeto fotografado deixa, literalmente, a sua impressão no filme, é uma ilusão; e, no entanto, os filmes apresentados nesta exposição aproximam-se tanto da escultura que quase sentimos a sua impressão.
A escultura clássica deixou de fazer parte dos programas de ensino e parece cada vez mais distante. No entanto, está presente, de forma notável, em obras de artistas contemporâneos, sobretudo em filme, e, através do filme, é trazida de volta à vida.