Inscrito em 2001 na lista de Património Mundial da UNESCO, na categoria de Património Cultural, o centro histórico de Guimarães deveu este reconhecimento às suas características únicas: 1. Guimarães está associada ao nascimento da identidade nacional portuguesa no século XII; 2. o seu centro histórico é um exemplo autêntico e excepcionalmente bem conservado da evolução de um povoado medieval para uma cidade moderna, e do desenvolvimento específico da arquitectura portuguesa do século XV ao século XIX, pela sua utilização de materiais de construção e técnicas tradicionais; 3. estas técnicas de construção aí desenvolvidas na Idade Média foram transmitidas às colónias portuguesas em África e no Novo Mundo, tornando-se características distintivas destes espaços (tradução livre da descrição da UNESCO).
Cidade de um encanto simbólico para os Portugueses e para os apaixonados por Portugal, Guimarães é também cidade de encantos mais tangíveis; bastará, para o sentir, percorrer as acolhedoras praças e ruas que compõem o seu centro histórico, onde além das Igrejas e monumentos, desperta a atenção o seu edificado habitacional: a Rua de Santa Maria, o Largo do Toural, a Rua D. João I, a Praça de Santiago, e o Largo da Oliveira, com o designado Padrão do Salado de estilo gótico, rodeado por um conjunto de construções entre as quais a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, e o edifício dos Antigos Paços do Conselho, cujas arcadas góticas permitem a passagem para a Praça de Santiago. De preferência a pé, subindo a Rua de Santa Maria, ou a Rua das Trinas, descobre-se o Castelo de Guimarães, a Capela de São Miguel, e o Paço dos Duques de Bragança, precedidos pela estátua mais que célebre do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques.