Português alfacinha – termo popularizado por Almeida Garrett que designa os naturais de Lisboa, nascidos e criados. Da cidade conhece a maior parte dos seus cantos: os monumentos, castelos, igrejas e capelinhas, bairrinhos, becos, jardins, largos, escadinhas e miradouros – fruto de andar sempre a palmilhá-la. É de onde recebe grande parte da sua inspiração.
É frequentador da maior parte de estabelecimentos que possuem arte: museus, salas de cinema, concertos musicais do género punk e rock, embora também lhe agrade algumas sinfonias de renomeados maestros da antiguidade.
Desde cedo apresentava o gosto pela literatura e pela escrita, e enorme imaginação. A sua técnica e interesse cresceram quando tirou uma um curso técnico de cinema que tinha as vertentes de produção, realização, cenografia, iluminação e direção de arte, entre outras cadeiras. A escrita de guiões rapidamente se desenvolveu a narrativas – cómicas, sérias e dramáticas – cada vez mais sólidas, alguns contos e pequenas estórias.
Observador por natureza, encontra no dia-a-dia algum enredo; qualquer ambiente serve de inspiração: as pessoas no autocarro, os idosos a dar de comer aos pombos no parque ou a jogar às cartas no café, o casal a passear no jardim, as crianças a brincar nos baloiços, as aves a pousar nos ramos das arvores e os bicharocos a subi-las, a arquitetura dos edifícios históricos da cidade.
A comunicação faz parte da rotina diária. O seu trabalho implica comunicar com inúmeras pessoas: ouvir as suas histórias, os desagrados, os desabafos de uma vida e os agradecimentos, o que é, também, uma forte motivação para a suas crónicas e contos.
Considerando-se uma pessoa simples, os seus gostos, igualmente simples, são muito variados. Além dos passatempos mencionados gosta de passear ao ar livre, de fazer desporto (ver e praticar), de culinária, de apreciar a natureza e os animais, de observar o mar e os seus barcos. Se o tempo se proporcionar é capaz de ficar largos momentos a observar o Tejo com os cargueiros a entrar e a sair, os cacilheiros para cá e para lá, os veleiros e os barcos turísticos a navegar lentamente e as lanchas luxuosas que muito pouco saem da marina.
É na escrita criativa que encontra o seu momento de reflexão. Tem alguns contos escritos na gaveta que espera vir a publicar posteriormente e cimentar-se como autor. Está sempre recetivo a novos projetos ou parcerias, sejam elas na área da escrita, ou qualquer outra, que lhe permita puxar pela criatividade.