Vi nas redes sociais ano passado parte da entrevista do ator Morgan Freeman dada ao apresentador Mike Wallace ao programa de TV 60 Minutes (CBS – norte-americana), ocorrida em 2005, a qual gerou polêmica ao criticar a existência do ‘mês da consciência negra’, que denominou de “ridículo”, questionando quando seria o dia da consciência branca etc., afirmando que a história dele não seria classificada em um mês (Morgan Freeman convoca todas as pessoas), notadamente elevando ali a igualdade, consciência humana.
Junto a esta data, 20 de novembro no Brasil, traz uma outra ponta daquilo que se pretende impor: divisão de pessoas, potencialização à divisão de classes até chegar à criminalização do “racismo”. Sou radicalmente contra os comportamentos nefastos, rejeições entre pessoas, preconceitos. Mas também entendo que devemos respeitar os pensamentos, comportamentos, isolamentos, desde que não afetem o dia a dia das pessoas. Não quer se misturar, não frequente. Se o cara não gosta de mim porque sou baixinho, não vou usar sapato alto para agradá-lo. Ponto! Ele que se lenhe. Veio agora uma citação do filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella. Ele diz no livro “Sabe com quem está falando?”: “É por isso que todas as vezes na vida que alguém me pergunta: ‘Você sabe com quem está falando?’, eu respondo: ‘Você tem tempo?’”
Porque o Cortella vai citar a ciência, galáxias, a nossa galáxia, chega na terra, divisão geopolítica, país, estado, cidade, bairro, rua e local onde a pessoa fez a pergunta. Então, o questionador terá que ter tempo para ouvir, ou simplesmente eu respondo já indo embora: não!
Na acepção da palavra, semântica, raça é para as diferenças na natureza entre os seres, diferentemente das etnias: branca, preta, mameluca, caucasiana, ariana, eurasiana, oriental. E o racismo foi moldado às visões políticas da separação. Assim como agridem a língua quando citam comunismo como um fator político – as ações dessa “comuna” não têm nada a ver com comum. O “trágico politicamente correto” separa os comuns para viverem nababescamente cultivando a pobreza para a maioria.
Buscando na história o que é ser comum, temos o maior deles, vivendo dentro do significado do que é comum a todos. Disse para cristãos certa feita que o maior comunista, aquele que divide o pão, que é igual a todos, à sua semelhança e amor, foi e é Jesus Cristo. O que é rejeitado por todo o bloco “comunista” e foge da origem da palavra comum.
No futebol europeu, essa acepção raça impõe-se aos jogadores pretos ou aos não brancos, travestida nas imitações de macaco às nominações então pejorativas "mono", "monkey".
Em matéria veiculada no portal Veja, a colunista Kelly Miyashiro* aponta na entrevista dada a Joyce Pascowitch, no ano de 2020, por uma das melhores repórteres internacionais, a 1a. negra em jornalismo na tevê no Brasil, Glória Maria. Ela rejeita o termo racismo, hoje o politicamente correto – imagine: temos atualmente um Ministério da Igualdade Racial (sic?).
Glória Maria rechaça o termo na entrevista afirmando: “Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio. A equipe com quem trabalho me chama de ‘neguinha’, de uma forma amorosa e carinhosa. Estou há mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada, mas nunca me senti assediada moralmente”. (Glória Maria - 15 de agosto de 1949 + 2 de fevereiro de 2023.)
Estou citando duas pessoas, aqui denomino-as pérolas negras no sistema global e são referências mundiais. E onde quero chegar é justamente a um garoto pobre, nascido em favela brasileira, que alçou nome e fama por conta de seu grande talento na arte de jogar bola, e vem sofrendo sem saber ignorar a ignorância. O Vinicius Jr. atleta do Real Madrid, da Espanha.
As citações referendam minha posição, criticada, quando chamo alguns amigos de infância de Negão. Há 50 ou mais conheci os caras como ‘Negão’, e alguns deles, quando a gente se encontra é a maior risadaria justamente por ignorarmos os apelidos, somos pessoas, amigos, família, e quando chega o outro amigo também de longa data e grita lá do estacionamento do bar: - "E aí, Branca de Neve!?"...
Nos dias atuais podemos enviar mensagens, conselhos e dicas nas redes sociais. Muitos não leem as mensagens, outros, claro, se forem posts, pegam uma palavra do conteúdo e saem em palavras desconexas agredindo uns aos outros. Então, fiz uma sugestão, em mensagem direta, ao Vinicius Júnior.
Mesmo diante dos exagerados torcedores adversários, minha sugestão foi que Viny Jr. ignore as tentativas de tirá-lo do foco, do seu trabalho, do seu sucesso. O talento de Vinicius é a resposta; o que pode fazer é se superar dentro de campo em cada jogo. A força desse atleta é maior que os "memes", movimentos ou agressões. O cara que se coça na arquibancada entre 40 mil torcedores ou mesmo se fosse apenas um, se expõe ao ridículo, então Viny Jr. Deve ignorar.
Assim, a gente chega ao ditado-chavão: pegue um limão e faça dele uma limonada. Cá entre nós. Aqui no Brasil, país 100% miscigenado, estão querendo separar a cor do achocolatado e escurecer uma tribo, separar! O café com leite bebidos separadamente não têm o mesmo sabor.
Fiz ainda uma sugestão ao jogador de futebol Viny Jr.:
- Sabe o que você deve fazer? Use o Monkey (inglês) e o Mono (espanhol) como marca de um projeto social que atenda pessoas com necessidades na Espanha e na Inglaterra, e, principalmente, na África, e aqui no Brasil. Deve ter cuidado com direitos autorais, pois já existem empresas de aplicativos nominalmente Monkey.
Crie, por exemplo, escolas nesses locais e que tenham a Língua Portuguesa como base (perdurou como língua importante nos últimos cinco séculos) e para a África leve alimentos e sementes para que as comunidades possam aprender a plantarem seus próprios alimentos. Sua foto, imagem esculpida, acima das palavras Mono ou Monkey.
Que tal? Devolva com essas ações. Será um soco no fígado deles!
Continuei na minha sugestão: - Fiz um apanhado de imagens como ideias. Há muitas pessoas passando necessidades básicas aí na Espanha: mais de 2,4 milhões nos últimos anos. Então, meu bravo Viny, arregace as mangas e dê andamento para essas sugestões de projeto, ações sociais também aí na Europa, que podem servir, inclusive, de abatimento no seu imposto de renda...
Faça igual ao Rei Pelé, o maior atleta de todos os tempos: jogue bola! Pelé parou uma guerra... é hora de você parar essa batalha. Vença, seja resiliente.
Creio que entendendo a pessoa como pessoa, independente de credo e etnia, acabamos também com o tal "racismo"... Se eu fosse você, Viny Jr. mandava fabricar um bonequinho lindo com sua imagem alegre jogando bola no Real Madrid com a marca denominada Mono e outro bonequinho à sua semelhança, sempre alegre - o sorriso é sua marca - chamado Monkey. Venda cada um a 10 euros e repasse a arrecadação aos projetos sociais que você tem, e crie novos, puxando seus colegas de profissão que ganham milhões de euros a se juntarem numa batalha do bem...
Saúde, jogue bola!