Hoje em dia, a ética e a moral nos negócios internacionais e económicos globalizados tornaram-se muito importantes após a última crise económica mundial. E as outras demais anteriores, nos últimos anos do novo século, devido à casos de corrupção, de populismo ou mesmo de falências financeiras bem como, das próprias guerras. Esta última crise, podendo até ter sido considerada como uma guerra sanitária, a da pandemia, ou a anterior a essa, como uma guerra cambial pela desvalorização económica de disputa de forças entre moedas, nos mercados financeiros, com o dólar americano e o yuan chinês. Esta largamente noticiada, mesmo como as próprias guerras bélicas entre países e uniões económicas, que eclodem após crises políticas e nacionais devido a produção de petróleo, conquistas territoriais ou a perda de domínio financeiro nos negócios internacionais. Este pode ser o caso da Ucrânia e Rússia, que afetam os negócios do trigo, fertilizantes, o mercado de gás europeu, além de regiões portuárias e costas marítimas estratégicas.
Companhias empresariais são usadas para auxiliar e subsidiar governos guerreiros desde o início da história mundial, fornecendo dinheiro, navios, trabalho, alimento, diversos armamentos, itens militares e soldados. Foi assim na Alemanha com a família Dassler, da Adidas e da Puma; ou com as 'irmãs' multinacionais produtoras de petróleo durante as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, com os seus espectaculares administradores e arquitectos desta indústria, o arménio Sr. Gulbenkian e o holandês Sr. Deterding1, que diplomaticamente supriram os aliados, por exemplo. Sem esquecermos de uma necessária Diplomacia comercial e militar naqueles acordos quando requisitado, seja por lobistas ou aliados. Um dos últimos casos envolvendo o petróleo internacional parece ter sido o do caso brasileiro da empresa público-privada Petrobrás, em associação com a maior construtora empreiteira exportadora, parceira na distribuição e produção de gasolina, e que é uma forte multinacional com negócios espalhados por vários países em desenvolvimento. Aquele caso de corrupção abrangeu desde a América do Sul, a países em todos os continentes, como informado pelos noticiários da época.
Por outro lado, um dos principais pontos na consideração da moral e ética também é observado pelas visões e tradições culturais e religiosas entre atores opostos do comércio e negócios internacionais, que pode afetar seus acordos e modelos de fazer negócios bem como, as políticas económicas nacionais. Isso pode ser respeitado ou imposto pela força, dependendo do momento que estão passando estas empresas e estes países bem como, o preparo e especialidades do corpo diplomático envolvido e, suas capacidades de negociações, ou não. Historicamente os padres Jesuítas, viajantes junto dos navegadores nos descobrimentos da idade média, desenvolveram negócios internacionais nas ilhas coloniais orientais, desde a plantação de limões ao controle da prostituição. Naquela época longínqua da globalização, devido à barreiras naturais óbvias, a vida no estrangeiro tinha de ser financiada por tipos de oportunidade de negócio, possíveis e necessários.
De qualquer forma, hoje estamos enfrentando novos desafios para adaptação da economia mundial, como às mudanças do clima, poluição mundial e dos recursos internacionais como as terras, os mares e até a atmosfera, por exemplo. Também as florestas exóticas e espécies em extinção estão envolvidas nisso, bem como o espaço sideral, inclusive. Assim, toda estás matérias de ética e moral, têm sido e devem ser consideradas importantes, pelo menos. A floresta Amazônica é pertencida por diversos países que dividem fronteiras nacionais naquele território multinacional. A Marinha Norte-Americana também possibilita segurança na navegação internacional do Mar do Sul da China, ou no Canal de Suez, permitindo o tráfego tranquilo das marinhas mercantes multinacionais em águas internacionais, para um seguro e livre intercâmbio comercial mundial das importações e exportações.
Esperemos que todo o conhecimento histórico e a capacidade mundial ajudem a melhorar estas relações internacionais e então, o desenvolvimento de negócios possa ser adaptado e baseado nas boas ética e moral, respeitando diferenças geopolíticas deste novo século, e adiante. Após um grande incremento e progresso do comércio internacional, algum rearranjo das suas regras serão necessários e este estudo deve ser parte das novas estratégias para conquistas de desenvolvimento sustentável, é claro. As bancarrotas dos derivativos nos EUA, durante a primeira década deste século, devido a talvez um superficial controle do FED, o banco central norte-americano, permitiu práticas éticas e morais inapropriadas, provocando prejuízos de mil milhões de poupanças e previdências, bem como de programas de reformas públicas ou privadas.
Lucro e dinheiro não são o único objectivo das empresas internacionais mas, trabalho sustentável e funções sociais que proporcionam paz internacional e solidariedade popular são aliadas e estão alinhadas com estas, também. A cada século temos visto paradigmas serem superados, como claramente observado na transformação da economia digital atual, com carros elétricos e energia solar, também. Negócios privados e públicos precisarão mais e mais, envolverem-se num novo nível aceitável de uma boa vida e, convivência internacional. Os antigos conceitos de Primeiro e Terceiro Mundos, ou melhor como no conceito moderno de países ricos e paises em desenvolvimento, devem instruir uns aos outros, ao trabalho em conjunto. Assim, intercambiando experiência, cultura e negócios.
Talvez as organizações internacionais precisarão estabelecer novos escritórios comuns, de assuntos transversais, para preservar e instalar novas regras éticas e morais internacionais, evitando que a corrupção prejudique os Direitos Humanos, a natureza e os aspectos financeiros nas práticas da Diplomacia Comercial dos negócios. A Organização Mundial do Comércio/OMC, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento/UNCTAD e, as Câmaras de Comércio podem ser parceiros da Diplomacia Comercial, assim como os Traders Diplomatas. Tais personagens, os envolvidos nestas teorias interdependentes e em serviços empíricos, que gerenciam e dirigem. Monopólios e Oligopólios empresariais tem um papel fundamental nisso também. Este é o estudo que provavelmente estará enfrentando uma nova diplomacia digital comercial e, trabalhando para tal, auxiliando acordos comerciais e gestionando práticas ou sanções que vão instruir e ensinar àqueles atores internacionais, a manejar a ética e a moral da Diplomacia Comercial, como seu principal farol.
O fim da caça e pesca das baleias foi um sucesso e, é um velho exemplo da mudança de paradigma legal, ambiental, económico e comercial. Também, algumas religiões cristãs representam a teoria do pensamento social católico. Muito comuns na América do sul, as novas igrejas estão sob regras muito controladas em Portugal, foram banidas em Angola mas, proibidas na Alemanha, por exemplo. O que é o pensamento social envolvido naquele inconsciente coletivo? Boa parte do mundo ocidental segue as regras intrínsecas deste pensamento e costumes.
Côrtes internacionais, Tribunais de Embaixada e juizes Diplomatas, serão necessários no novo modelo de fazer as coisas, bem como o desenvolvimento de novas aptidões para os desafios dos novos tempos! A Holanda sempre teve um importante papel neste segmento com seu forte sistema capitalista e a sua experiência histórica nas côrtes internacionais de justiça. É matéria da Diplomacia Comercial dos negócios, banir comércio e levantar barreiras contra países e chefes políticos que também afetariam uma população comum e os seus profissionais, de ambos os lados. Companhias empresariais e governos são também representados mundialmente por suas marcas e bandeiras, que conjuntamente são símbolos respeitáveis, relacionados a sua imagem moral e ética.
Todos os estudos sobre este tema e suas disciplinas, tiveram referência em diversos artigos e fontes disponíveis na academia digital, jornais e livros bem como, experiências empíricas pessoais desde os negócios e a diplomacia comercial, as ciências política e económica, passando até pela filosofia e as teses de comportamento psicológico. Considerando o importantíssimo Pensamento Social Católico (Catholic Social Thought)2, confirmam-se fortes suspeitas e pontos de vista sobre este tópico religioso na sua conexão cultural, na diplomacia comercial e empresarial, conforme mencionado algumas vezes por fontes de dois livros3 de Diplomacia Económica e, em larga experiência com diversas multinacionais ao redor do mundo. Geralmente, burlas comerciais são interpretadas da mesma maneira, seja no oriente ou no ocidente e, sugerem futura uniformidade ética e moral nos continentes.
A importância das multinacionais, sejam pequenas ou grandes, antigas ou de curta vida, dependendo dos ventos da economia internacional e dos humores de governos ou estratégias políticas, têm uma forte influência no pensamento ético e moral, bem como nas atitudes que diplomatas comerciais privados e públicos devem considerar e gerenciar, ao estabelecerem seus negócios mundiais.
Esperemos que estas informações possam ser projetos de mais estudos importantes, considerando essas contribuições como valiosas para o incrementos da nova e moderna Diplomacia Económica e Empresarial.
Referências
1 Shell Oil Company & Anglo-Persian Oil Company.
2 Prof. Dr. Huub Ruël, Catholic Social Thought (CST).
3 Ribeiro, Diogo. 'Diplomacia Moderna e Relações Económicas Internacionais', e 'O que é a Diplomacia Económica?' Lisbon International Press, Lisboa 2021 e 2021.