Ensaísta, poeta, romancista e professora, Mariana Basílio nasceu em Bauru, interior de São Paulo, em 1989. Viveu em outras cidades do interior enquanto se formava na graduação como pedagoga (Unesp, campus de Bauru, em 2012) e mestra em Educação (Unesp, campus de Rio Claro, em 2015), passando por Bauru, Rio Claro e São Carlos, antes de se radicar em São Paulo no futuro. Começou a escrever no final da adolescência, quando adquiriu em uma feira da cidade uma máquina de escrever que batizou como “Zulzéti”, por sua cor azulada. Foi nela que escreveu as primeiras páginas mais intencionais em prosa (contos) e em poesia, ou ainda no formato de crônicas. Até os 25 anos completou sua primeira etapa de formação educacional, até a conclusão do mestrado, defendido em setembro de 2015.
Na mesma época, ainda no ano anterior, decidiu publicar seu primeiro livro, Nepente (2015), e viajar até Campinas em outubro de 2014 para revisá-lo na casa de uma de suas maiores influências no país, Hilda Hilst, a casa tombada na época (também em 2014), que se tornou patrimônio público como Instituto Hilda Hilst. Foi uma residência artística colaborativa em que pagaram sua visita e hospedagem enquanto ela atuava como jardineira do ambiente – que sempre foi um reduto natural, espécie de chácara repleta de artistas e de livros sendo feitos por Hilda, amigos e amigas, e, no futuro, Mariana Basílio.
A partir de 2015, lançou seu segundo livro e começou a aparecer mais em primeiras resenhas, entrevistas, além de circular no meio literário da capital, São Paulo. Com a publicação de Sombras & Luzes, que trata de sua influência com outro “pai” literário, o português Herberto Helder, a quem dedica o livro, Mariana Basílio começou também a colaborar com diferentes meios, entre ensaios e traduções literárias, e textos próprios, em dezenas de revistas e blogs.
Mas foi com seu terceiro livro, premiado com uma bolsa de criação literária do Estado de São Paulo (Programa de Ação Cultural – ProAC) de 2017, que Mariana Basílio, por Tríptico Vital (2018), começou a ficar mais reconhecida no meio literário nacional, conquistando mais leitores e lançando o livro em São Paulo e Rio de Janeiro, além da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que homenagearia a quem Basílio dedica este poema longo: Hilda Hilst. Lançado em julho de 2018, foi um marco no desenvolvimento da escrita mais madura da autora, próxima agora dos trinta anos. Por Tríptico Vital, Mariana Basílio aparece em renomados jornais como Estadão, Tribuna de Minas, além de rádio e TV, CBN, Rádio MEC, TV Brasil, etc.
Dois anos depois, foi premiada novamente com o ProAC 2019 para publicação do seu quarto livro, feito durante a pandemia de covid-19: Mácula (2020). Pelo livro, ganhou o Programa Minha Biblioteca 2021, da Prefeitura de São Paulo, que adquiriu quase 1.500 exemplares do volume para serem estudados pelos alunos e alunas do Ensino Fundamental matriculados na Educação pública da cidade.
Mas foi no ano de 2023 que a autora passou a um outro marco na trajetória, muito planejado por ela: decidiu ir viver com os dois filhos, ainda pequenos (Alma, dois anos, e Ulisses, três anos), em São Paulo – chegou na cidade em 4 de dezembro de 2022. Na sequência, foi convidada e gravou em janeiro de 2023 uma participação de clipes audiovisuais para o renomado programa “Entrelinhas”, da TV Cultura, apresentado pelo considerado maior nome da crítica literária do país, Manuel da Costa Pinto. Mariana Basílio então foi apresentada com seus volumes já publicados e fez leituras de livros como Sombras & Luzes e Mácula.
Ainda passou o ano ministrando cursos e oficinas inéditas de literatura, atividade que passou a exercer desde a época da pandemia, contribuindo com uma média de cem alunos e alunas em um ano intenso de atividades literárias em 2023, que envolveram também feiras e eventos pela capital, quando passou a ser mais convidada aos eventos justamente por estar no centro de cultura do país, diariamente.
Em um desses eventos, o editor da mais tradicional editora de poesia de Portugal, Assírio & Alvim, conheceu e abordou Mariana sobre a qualidade que assistiu de seus textos no Teatro em que ela participava do evento “Escrita na Cena”, e passaram a dialogar a partir de agosto de 2023. Então a autora assinou com Assírio & Alvim, e em 2024, no quinto livro, teve pela primeira vez um livro por editora tradicional: Pangeia vem a público em março de 2024, como um livro já premiado – foi vencedor em 1º lugar, durante a pandemia, do vigente Prêmio Paraná de Literatura, em novembro de 2020.
Agora é finalmente revisado, ampliado e impresso em 1ª edição, entre Brasil e Portugal, quando Mariana Basílio completa 10 anos na Literatura Brasileira. Seus textos aparecem ainda em outros países como El Salvador, Espanha, México e Portugal. Mantém o site www.amarianabasilio.com.