O artista plástico e sonoro Siri cria um universo imaginário em “Habitáveis”, sua exposição individual que acontece entre dias 05 de agosto e 30 de setembro de 2017 no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica - Rio de Janeiro. No dia da abertura [05/08, 10h-20h], Siri - que é músico de formação, pretende dialogar com sua criação em uma performance sonora [18h]. A visitação é gratuita.
Para a mostra, o artista apresenta esculturas, fotografias e instalações sonoras de espaços habitáveis imaginários, que ocupam todo o segundo andar do museu carioca. A mostra “Habitáveis” busca investigar os meandros entre nosso microcosmos terreno e o macrocosmos utópico para compreensão dos desígnios que regem nossa existência.
Tal qual um astronauta transversal ornado com as vestes das linguagens multipartidas, adentrou no quintal de sua casa no bucólico bairro de Santa Teresa (Rio de Janeiro) e fez uma viagem insólita. Nesse percurso, movido pelo encantamento de seu novo habitat: pomar, horta, abelhas, codornas e galinhas, comprovara sua tese em que seu microcosmos terrestre ali elaborado, se equiparava em todas as proporções, humanas e divinas ao macrocosmos utópico.
Em “Habitáveis”, esculturas sonoras convidam o público a orbitar por um universo cheio de entranhas multidisciplinares e sensoriais provocando o espectador a ir além das suas capacidades auditivas e visuais.
Siri cria uma constelação própria com registro fotográficos de 10 exoplanetas imaginários habitáveis, que orbitam um outro sistema solar criados a partir dos primeiros ovos de suas galinhas e codornas. “Ninho”, instalação sonora composta para exposição, remete a sua gênese. Essa postura antropofágica e faminta faz dele um artista diferenciado, na medida em que não dissocia a arte da vida.
Nasceu em 1974, no Rio de Janeiro (RJ). Vive e trabalha no Rio de Janeiro (RJ). Percussionista por formação, em 1999/2000, graduou-se como baterista pela Los Angeles Music Academy, nos Estados Unidos, e aprofundou seus estudos de percussão indiana e africana na Sangeet World Music School (Pasadena/CA).
Em 2011, é convidado pelo Comitê Olímpico de Londres para residir e produzir trabalhos durante um mês no projeto Olímpico - Rio London Ocupation no Battersea Art Center, em Londres. Em 2013, foi convidado para a residência artística na Cité International des Arts, em Paris (França).
Realizou as solos “Escalas Variáveis” (2016) e “Oroboro” (2015, também no Espaço Movimento Contemporâneo Brasileiro, no RJ), ambas na Galeria Mezanino (SP); “Das Virgens em Cardumes e da Cor das Auras” (2016) no Museu Bispo do Rosário (RJ); “Je Ma pele Siri” (2014) no Casa França Brasil (RJ); “Paisagem Sonora” (2014) na Casa Daros (RJ); “Liana Ampliathum” (2014) no Parque Lage (RJ); “Blank Page” e “Old London Swing”, ambas em 2012, no Victoria and Albert Museum e V22, respectivamente, em Londres; “Abre Alas” (2011) na Gentil Carioca (RJ); “Fronteiriços” (2011) na Galeria Emma Thomas (SP); “No Tranco” (2011) no Brazil Tudo é… em Florença (Itália); “Distorções” (2011) na Casa França Brasil (RJ); “Boate” (2010) na Arthur Fidalgo Galeria (RJ) e “Obra Prima” (2001) na VERBO – Galeria Vermelho (SP).
Em carreira solo desde 2004, lançou 4 CDs autorais e ganhou o Prêmio da Música Brasileira, em 2010. A partir de 2007, adentrou no universo das artes plásticas sem abandonar elementos constitutivos de sua experiência musical.
Foi selecionado para o 44º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto (2016, em Santo André/SP), os projetos Rumos Itaú Cultural 2005/2006 e Programa Petrobrás Cultural 2007/2008. Participou do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – FILE (São Paulo, SP/2007), XVII Bienal de Música Contemporânea (RJ). Apresentou seu trabalho na Portikus (Frankfurt, em 2013), NBK-Gallery (Berlim, em 2013), Centro Cultural Helio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ / 2012), entre outros.