Ser uma pessoa aliada em diversidade e inclusão, pensando em impacto social, envolve estar aberta e disposta a aprender, desafiar seus próprios preconceitos e apoiar ativamente a igualdade e o respeito por todas as pessoas.

Você sabia que 90% dos CEOs são homens brancos, e eles representam apenas 20% da população?

A partir desses números, precisamos entender que:

  • 56% da população brasileira se autodeclarou negra no último censo;
  • 52% da população brasileira é composta por mulheres, sendo 27% dessas mulheres, negras;
  • 2% da população brasileira se autodeclarou trans;
  • 23,9% se autodeclarou pessoa com deficiência (e aqui não estamos trabalhando interseccionalidades);
  • 12% da população se autodeclarou da comunidade LGBTQIA+.

Quando pensamos em impacto social e espaços organizacionais (espaços públicos e privados), estamos falando de uma parcela da população que é sub-representada. Essas pessoas até existem nos espaços, mas geralmente estão em cargos de entrada e têm poucas oportunidades de crescimento profissional.

É importante ressaltar a importância de se reconhecer quais os marcadores sociais você possui (fala-se marcadores sociais para características diversas que compõem cada pessoa, como: gênero, religião, cor da pele, etnia, por exemplo), para que então você entenda como pode ser uma pessoa aliada.

Aqui estão algumas maneiras de se tornar uma pessoa aliada e impactar socialmente:

  1. Eduque-se: Procure aprender mais sobre diferentes culturas, identidades de gênero, orientações sexuais e experiências de vida diversas. Leia livros, participe de palestras, faça cursos ou assista a documentários sobre o assunto. Conheça pessoas diversas.

  2. Ouça ativamente: Ser uma pessoa disposta a ouvir as histórias e experiências de pessoas de diferentes origens e identidades ajuda a compreender jornadas diferentes da sua. Pratique a escuta ativa, mostrando empatia e respeito pelo que está sendo compartilhado.

  3. Elimine seus preconceitos: Reconheça e desafie seus próprios preconceitos e estereótipos. Pergunte-se por que você tem certas suposições sobre determinadas pessoas e trabalhe para mudar suas atitudes negativas.

  4. Fale contra a discriminação: Não seja uma pessoa espectadora diante de piadas ofensivas, comentários preconceituosos ou atitudes discriminatórias. Intervenha de forma educada e assertiva, mostrando que você não tolera esse tipo de comportamento.

  5. Seja uma pessoa atenta às suas próprias ações: Examine suas próprias ações e comportamentos para garantir que você esteja agindo com inclusão. Isso inclui evitar discriminação, dar espaço para as vozes marginalizadas e fazer escolhas responsáveis.

  6. Apoie organizações inclusivas: Procure se envolver com organizações e grupos que promovam a diversidade e inclusão em sua comunidade ou local de trabalho. Seja uma pessoa defensora ativamente dessas causas.

  7. Construa relacionamentos inclusivos: Sair da sua zona de conforto em conhecer pessoas e espaços diversos te ajuda a entender outras realidades.

  8. Seja uma pessoa defensora ativa: Seja uma pessoa aliada ativamente, apoiando e amplificando as vozes daquelas pessoas que estão sendo marginalizadas. Use sua própria influência e privilégio para promover a igualdade.

Lembre-se de que ser uma pessoa aliada em diversidade e inclusão é um processo contínuo e envolve estar disposta a aprender e crescer constantemente, pensando em como impactar positivamente os espaços aos quais se tem acesso.

É importante ressaltar que, dentro desse pensamento, as pessoas brancas são as maiores beneficiadas, considerando todo o contexto histórico da construção do Brasil. Segundo Cida Bento (O pacto da branquitude):

Privilégio branco é entendido como um estado passivo, uma estrutura de facilidades que os brancos têm, queiram eles ou não. Ou seja, a herança está presente na vida de todos os brancos, sejam eles pobres ou antirracistas. Há um lugar simbólico e concreto de privilégio construído socialmente para esse grupo.

Qual é o impacto social que você está promovendo ao seu redor?