Distribuir computadores sem trabalho pedagógico prévio, perder conhecimentos básicos e vazar informações pessoais dos alunos: são esses os motivos pelos quais a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO – diz que a tecnologia nas escolas não é um milagre e pode ter efeitos nefastos – por isso deve ser regulamentada.
O uso das tecnologias digitais auxilia ou não?
A tecnologia digital "melhorou drasticamente o acesso a recursos de ensino e aprendizagem", particularmente na Etiópia e na Índia, onde surgiram bibliotecas online populares e o ensino à distância salvou a educação durante a pandemia de COVID-19.
No entanto, a promoção dessas tecnologias está sujeita a algumas adulterações por parte dos fabricantes.
A UNESCO diz que há “falta" de dados "imparciais" sobre o impacto da tecnologia educacional.
Segundo outro estudo citado pela UNESCO, 89% dos 163 produtos de tecnologia educacional recomendados durante a pandemia poderiam monitorar crianças. No entanto, segundo o mesmo relatório:
Apenas 16% dos países têm leis que garantem explicitamente a privacidade dos dados na educação.
É inegável que "todos", incluindo os estudantes, "devem aprender tecnologia" porque "agora faz parte de nossas habilidades básicas".
Os especialistas garantem: Crianças que sabem ler melhor têm cinco vezes mais chances de não serem enganadas por e-mails fraudulentos. Isso requer nenhuma habilidade técnica avançada, mas boa leitura e habilidades de pensamento crítico.
Em nota, a Unesco pediu regulamentação de como as novas tecnologias são usadas na educação, mas o governo ainda não agiu sobre tal necessidade de adequação.
Atualmente, existem 138,3 mil escolas públicas no Brasil. Segundo o Ministério dos Transportes, 8.300 deles (6%) ainda não têm acesso gratuito à internet banda larga, e 4.600 (3,3%) não têm nem energia elétrica. Sinais de mudança estão começando a surgir no cenário político da tecnologia educacional.
Mas como garantir a eficiência desse investimento? O que os sucessos e erros do passado trouxeram para o aprendizado? As escolas públicas brasileiras não estão bem conectadas à Internet. Muitos deles estão conectados, mas não conseguem estudar pela internet. Mudar isso requer foco em conceitos-chave, como:
Coordenação de recursos técnicos e programas
Não é apenas uma questão de disponibilidade de sinal. Em muitos casos, a qualidade da conectividade nas escolas é muito inferior à necessária para o uso da tecnologia da informação para fins educacionais, conforme demonstrado no estudo "Conectividade das Escolas Brasileiras: Propostas para Desenho de Modelos Eficazes". Aplicação de recursos generalizados”
O relatório, produzido pela FGV Direito SP e pela organização sem fins lucrativos MegaEdu, destaca janelas de oportunidade para enfrentar os desafios da conectividade escolar. O gerente do MegaEdu, Thomaz Galvão, enfatizou a importância da priorização, desenho e visibilidade das políticas para enfrentar adequadamente os desafios da conectividade escolar.
5 benefícios da tecnologia para a educação
O uso de recursos tecnológicos no ensino afeta a sociedade de várias maneiras. Abaixo uma lista com alguns dos benefícios:
- Acesso à informação: os alunos têm acesso em tempo real a uma riqueza de informações sobre diversos assuntos e assuntos, o que amplia sua compreensão sobre os temas abordados nas aulas;
- Melhor interação: Maior interação entre alunos e professores por meio de chat, fóruns e recursos online, tornando a comunicação mais eficiente;
- Ensino personalizado: O ensino pode ser personalizado, ajustando o ritmo e o conteúdo de acordo com a necessidade de cada aluno;
- Aprendizagem flexível: estude cursos online a qualquer hora, em qualquer lugar;
- Mais motivação: a tecnologia pode aumentar o interesse e a motivação dos alunos, tornando as aulas mais interessantes, envolventes e instigantes.
Considera o desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas as tecnologias de comunicação e informação em sala de aula para que os alunos utilizem essas tecnologias para a geração de conhecimento.