O artista plástico Claudio Mubarac mostra um conjunto de 30 trabalhos recentes na mostra "Anatomias de Abril" até o dia 28 de abril de 2018 na FACE Gabinete de Arte, em Pinheiros, em São Paulo.
Dentre os trabalhos apresentados, encontram-se 9 telas, gravuras e desenhos a aquarela, em que Mubarac aborda elementos caros a sua poética, tais como a anatomia do corpo, tratada sempre de forma fragmentada. Essa fragmentação caminha junto com os processos experimentais e híbridos que o artista usa nas suas práticas da gravura, lançando mão de vários instrumentos e técnicas sobrepostos para desenhar e irromper a superfície do metal e, por consequência, do papel. Aliás, o suporte da gravura, isto é, o papel, tem sido também parte inerente da pesquisa artística de Mubarac: colecionador voraz de papéis das mais diferentes fibras, texturas e tonalidades, novos e antigos, ele cria trabalhos únicos, em que o mesmo elemento gravado numa matriz pode emergir combinado a tantos outros, em diferentes papéis e composições. "O objeto, a gravura, a figura, é para mim mais um lugar do que um esquema de representação", diz Mubarac.
O título da exposição é sugestivo de alguns aspectos de sua produção do último ano. A etimologia da palavra “abril” remonta à duas acepções: aprillis, abrir/germinar, e aprus, o nome etrusco da deusa do amor e da beleza, Vênus.