Festival Internacional de Arte de São Paulo contará com galerias estrangeiras de peso e planeja uma série de ações pela cidade no começo do mês de abril.
Considerada uma das dez cidades mais importantes do mundo quando o tema é arte, São Paulo será palco de uma série de eventos em comemoração à semana da SP-Arte, contando com aberturas de exposições e atividades especiais que reunirão o melhor da arte brasileira e internacional, no começo de abril. O epicentro dessa celebração à arte é o Pavilhão da Bienal, onde acontece, entre os dias 6 e 9 de abril, a 13ª edição da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo, reunindo mais de 120 galerias de arte moderna e contemporânea do Brasil e do mundo.
“O nosso trabalho, ao longo de mais de uma década, foi sempre no sentido de democratizar o acesso à arte, trabalhando pela formação de novos apreciadores e colecionadores, fazendo circular ideias e informações, divulgando eventos e exposições, criando prêmios de incentivo e ações como o Gallery Night, que têm como foco ocupar a cidade com arte e convidar o público a transitar por bairros paulistanos, visitando galerias e museus”, afirma Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da SP-Arte. “Neste ano, essas experiências vão se conectar, fazendo da SP-Arte o eixo de uma semana voltada à arte em São Paulo.” Na abertura da semana do Festival, SP-Arte e Videobrasil unem forças para apresentar no Galpão VB a mostra “Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno”, que conta com uma seleção de trabalhos em vídeo de artistas brasileiros centrais da cena contemporânea. Além disso, ocorre a segunda edição do Gallery Night, nos dias 3 e 4 de abril, na Vila Madalena, em Pinheiros, Itaim e nos Jardins, com visitas guiadas a museus e inúmeras exposições em galerias e instituições, feitas especialmente para o período do evento.
Neste ano, a SP-Arte, a feira que mais cresceu no mundo em participação de galerias do top 20 mundial nos últimos cinco anos, segundo relatório da publicação americana The Art Newspaper, traz, entre suas galerias estrangeiras, David Zwirner, Marian Goodman e Alexander Gray, por exemplo, todas de Nova York. De Londres, participarão, entre outras, as galerias Lisson, Stephen Friedman e White Cube. Da Itália vêm as galerias Franco Noero, Continua e Cardi. Uma das cidades mais vibrantes da cena contemporânea, Berlim estará representada por galerias como neugerriemschneider e Gregor Podnar. Da América Latina, nomes como Collage Habana (Havana), El Museo (Bogotá), kurimanzutto (Cidade do México)e Sur (Montevidéu).
No campo nacional destacam-se galerias como Almeida e Dale, Bergamin & Gomide, Casa Triângulo, Dan, Fortes D'Aloia & Gabriel, Gustavo Rebello, Luciana Brito, Luisa Strina, Mendes Wood DM, Millan, Paulo Kuczynski, Pinakotheke e Vermelho. Novas galerias A 13ª edição do evento estará marcada também pela estreia de 20 galerias do Brasil e do exterior no Pavilhão da Bienal. As galerias Taka Ishii, do Japão, e a londrina White Rainbow são especializadas em arte japonesa e darão destaque em seus estandes à fotografia do país. A galeria KOW, forte na atual cena de Berlim, estreia na SPArte.
Também participará pela primeira vez a galeria Cheim&Read, de Nova York, que trará três artistas mulheres centrais na arte da metade do século XX: Louise Bourgeois, Lynda Benglis e Joan Mitchell. Ainda, destaque para estreias italianas: Studio d'Arte Campaiola, de Roma, especializada em arte moderna e contemporânea; a P420, de Bolonha, e a Paci Contemporary, de Brescia. De Portugal saem três novas galerias: a Francisco Fino e a Madragoa, de Lisboa, e a Kubikgallery, do Porto, além de retornarem Baginski e Filomena Soares.
Sempre pontuando novidades, a SP-Arte apresenta em 2017 um novo setor curado, intitulado Repertório. Sob curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, foi criado com o intuito de apresentar artistas brasileiros e internacionais fundamentais para a compreensão das práticas artísticas contemporâneas, com nomes ainda não devidamente reconhecidos pelo público.
A seleção respeita um recorte cronológico – os artistas escolhidos nasceram antes dos anos 1950, e as obras apresentadas foram produzidas até o final da década de 1980.
Entre os artistas estão Pino Pascali, ligado à Arte Povera; Richard Long, um dos mais importantes artistas ingleses da segunda metade do século XX; e Lothar Baumgarten, artista alemão com uma obra profundamente influenciada pela paisagem, história e cultura amazônica brasileira. Do Brasil, os destaques são o fotográfo baiano Mario Cravo Neto, falecido em 2009, Rubem Valentim e Guilherme Vaz, carioca e um dos pioneiros da arte conceitual e sonora.