Para inaugurar seu calendário expositivo do ano, a Galeria Nara Roesler São Paulo, paralelamente à individual do cubano Alexandre Arrechea, apresenta Metrópole, coletiva formada por 28 obras concebidas por: Alberto Baraya, Alice Miceli, Cao Guimarães, Hélio Oiticica, Isaac Julien, Lucia Koch, Marco Maggi, Marcos Chaves, Melanie Smith, Milton Machado, Paul Ramírez Jonas, Paulo Bruscky, Vik Muniz e Virginia de Medeiros. Organizada pela diretora artística da galeria, Alexandra Garcia Waldman, a exposição traz o olhar desses artistas para a cidade e a vida urbana, com suas especificidades, complexidades e adversidades, sob uma ótica crítica, criativa e poética.
Brasília, Belo Horizonte, Nova Iorque, Santiago, Amsterdam, Recife são algumas das cidades visitadas nessa exposição. Enquanto Hélio Oiticica e Neville D'Almeida revelam a eletrizante Nova Iorque dos anos 70 no curta Agrippina é Roma Manhattan (1972), sobre a mesma metrópole Milton Machado lança seu olhar para os carros, em NY Cars (2016), e Vik Muniz retrata nuvens, em sua série “Pictures of Clouds: 59th Bridge” (2002).
Se Cao Guiamarães foca o lado mais urbano e caótico da capital federal com Brasília, (2011), o colombiano Alberto Baraya revisita a cidade e seus monumentos pela poesia, na série de fotografias Estudos comparados modernistas (2010-2011). Para o americano Paul Ramirez Jonas, a consciência do coletivo é algo fundamental na vida urbana, como sugere a serigrafia Assembly (Ghazi Stadium) (2013). Já Paulo Bruscky flerta com o humor na série Amsterdam erótica (1982), realizada no período em que viveu na capital holandesa. Num mundo onde a maior parte da população vive em cidades, Metrópole apresenta como alguns artistas, nos últimos 40 anos, percebem e transitam entre os lugares onde habitamos.